“Esse cara pega muito”, disparou o massagista Júnior do banco de reservas. “Que atuação”, emendou o preparador de goleiros Renato Secco após o jogo. A jornada memorável do goleiro Zé Carlos, em Natal, valeu elogios até mesmo do combalido torcedor abecedista.
“Ele pegou tudo e colocou o ABC na Terceirona”, dizia o grupo de torcedores locais, que à beira do alambrado acompanhava a coletiva de Zé Carlos. Não foi para menos.
Zé Carlos foi um verdadeiro paredão. Fez intervenções marcantes no primeiro tempo e “fechou o gol” na fase final, quando o ABC se lançou com tudo ao ataque, aproveitando a vantagem de um jogador em campo (João Paulo fora expulso).
Na sua visão, a defesa mais difícil não veio num arremate dos adversários. “Aquela em que o Leandro (zagueiro paranista) tentou cortar e mandou pra trás, foi complicada, mesmo”, analisou Zé.
O goleiro, contestado quando chegou ao clube, provou ao longo dos doze jogos que disputou o porquê da sua contratação. Arrojado e vibrante, Zé Carlos ganhou o respeito do torcedor e um lugar de destaque nesse “novo” Paraná.
Quanto ao futuro, Zé Carlos já manifestou desejo de continuar, mas sabe que para isso será necessária uma aproximação entre a diretoria e a L.A. Sports, empresa que detém seus direitos federativos.
“Se me perguntarem se quero ficar, a resposta é sim. Estou feliz na cidade e no clube. Gostaria de ter a chance de começar a temporada no Paraná”, assegurou o jogador, que hoje está vinculado ao Avaí e emprestado ao Tricolor.