Goleiro Felipe fez questão de vir ao Paraná

O goleiro Felipe, que completa 21 anos amanhã, já está treinando no Paraná Clube. O 14.º reforço chega para brigar pela camisa 1 do clube. Apesar da idade, traz na bagagem atuações em jogos internacionais e passagens pelas seleções brasileiras de base.

E a possibilidade de jogar foi o que motivou Felipe a trocar o Santos pelo Tricolor. A negociação teve a participação direta do atleta e de seu pai e procurador.

O interesse em Felipe surgiu no mês passado. Com as saídas de Mauro e Gabriel (este, emprestado ao São Bento-SP), o Paraná pretendia trazer dois jogadores para a posição. Fechou com Ney, mas a transação com Felipe “emperrou”. O Santos aceitava liberá-lo, desde que o Paraná “bancasse” metade do salário do atleta. “Como trabalhamos com um orçamento enxuto, a negociação foi suspensa”, revelou o gerente de futebol Beto Amorim.

Como Felipe não queria seguir no Santos, à sombra de Fábio Costa, o clube paulista encaminhou a sua liberação para o Marília, pagando o salário integral do atleta. “Ao saber dos motivos que impediram a transação, o pai do goleiro entrou na jogada. Ele entendeu que seria bom para o Felipe vir para o Paraná por ter maior visibilidade”, contou Beto.

Para convencer o Santos a liberá-lo para o Tricolor, Felipe abriu mão de 10% de seus direitos econômicos. “Assim, o jogador vem por empréstimo até o fim do ano, com o Santos assumindo os salários do atleta. Estamos reforçando o grupo sem onerar a nossa folha”, comentou o gerente paranista. Beto confirmou que diante desse quadro, um dos garotos – Luís Carlos ou Thiago Rodrigues – deverá ser emprestado.

Indagado sobre a contratação de um jovem goleiro, o preparador Renato Secco foi incisivo.

“Ele pode ser novo, mas tem tempo de serviço”, destacou, sem se manifestar sobre quem seria o favorito para vestir a “1”. “Nem começamos a trabalhar com bola. O que vai definir isso será o desempenho nos treinos. O Comelli vai optar por aquele que estiver em melhores condições.”

Secco destacou o empenho de Ney, 31 anos, e sabe que a disputa será intensa a partir da próxima semana, quando começam os trabalhos específicos. “O Ney é símbolo de superação. É o primeiro a chegar e o último a sair, buscando melhorar sua condição física. Empenho não vai faltar a nenhum dos quatro. Vejo uma briga intensa, no bom sentido, por uma vaga no time”, arrematou Renato.

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