No início de 2014, a grande maioria dos torcedores do Atlético tinha na ponta da língua o nome da dupla de ataque do Rubro-Negro. Marcelo e Ederson fizeram um 2013 impecável e este desempenho os credenciaram à titularidade. Nos primeiros meses da temporada, as lesões de Marcelo e a formação da equipe feita pelo ex-treinador Miguel Ángel Portugal acabaram prejudicando o desempenho dos dois que, como parceiros, deixaram de ser unanimidade e passaram a precisar de uma “sombra” para apertarem o passo em busca da permanência do time. E a sombra chegou: Cléo.

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Marcelo, pelo estilo de jogo, ainda é imprescindível ao time atleticano. Mesmo que não marque gols, é voluntarioso, habilidoso e veloz. Qualidades que fazem do atual camisa 7 titular, mesmo ainda em recuperação de dores na coxa. Já o camisa 77 se vê ameaçado por Cléo, herdeiro da camisa 9, que pertenceu a Adriano no início do ano. Todas as homenagens pela temporada 2013 do atacante Ederson são justas. Em 47 jogos ele marcou 25 gols e terminou o Brasileirão de 2013 como artilheiro, ajudando o Atlético a conseguir uma vaga na Libertadores deste ano. Este ano, até agora, foram dezesseis jogos e apenas quatro gols.

Cléo não deixou saudades na sua primeira passagem pelo Furacão, em 2005. De lá para cá pulou de clube em clube. Jogou no futebol português e de lá foi para a Sérvia. Naquele país viveu seus melhores dias no exterior. Em duas temporadas disputou 47 jogos e marcou 34 gols. Em 2011 foi para a China (Guangzhou Evergrande) e no ano seguinte para o Kashiwa Reysol, clube que defendeu por 46 jogos, marcando catorze gols.

Em sua reestreia pelo Furacão, contra o São Paulo, marcou o gol que daria a vitória ao time paranaense não fosse o empate, aos 47, com gol irregular. “Estou feliz por estrear assim depois de um bom tempo parado e voltar a fazer o gol. Faz um mês que estou no clube e estou conseguindo trabalhar bem”, afirmou.

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A experiência que obteve jogando no exterior deve ajudar não só o Atlético, mas também aos jogadores com quem Cléo compartilha treinos e jogos. “Hoje sou o jogador mais velho do time. Minha experiência é para conversar com os mais jovens e ensinar um pouco do que aprendi lá fora”.

Leandro Ávila, técnico do Atlético, tem grande responsabilidade pela presença de Cléo no time. “O Leandro é um cara fantástico. Ele pegou o grupo e puxou pro lado dele. Esta de parabéns pelo que tem feito”, concluiu. Para o jogo contra o Figueirense, Cléo deve começar no banco de reservas, mas já deixou claro para todos que esta pronto para usar de seu oportunismo para ajudar o time.

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