Goiás vira o jogo e festeja na Baixada

E lá se vão 102 dias sem uma vitória sequer na Baixada. Já são sete jogos que o Atlético tenta, mas não consegue transformar o Joaquim Américo novamente em Caldeirão. Pelo contrário. A pressão é cada vez maior sobre jogadores rubro-negros e o técnico Givanildo de Oliveira, que teve que ouvir novamente os pedidos para ir embora após a derrota de ontem para o Goiás por 3 a 2.

O pior é que o time goiano venceu pela primeira vez o Furacão em Curitiba e com direito a gol de Rogério Correia. A reabilitação no campeonato brasileiro poderá acontecer contra o São Caetano, quarta-feira, no ABC paulista.

Jogando de preto e de luto pelo falecimento do médico Marcelo Cattani, e armado num esquema extremamene cauteloso, o Atlético demorou a engrenar na partida. Parecia que só iria assistir ao Goiás jogar e até a torcida começou a se impacientar e ensaiou uma vaia para alguns jogadores. Mas não era esse o rubro-negro que Giva queria. Sentada a poeira pela chuva fraca que caiu durante a partida, o Furacão começou a tocar a bola, criar chances e ser parado somente nas faltas.

Tanto Júlio Santos quanto Cléber abriram a caixa de ferramenta e foram parando os ataques. No entanto, a velocidade de Evandro, Ferreira e Alan Bahia, jogando mais à frente, permitiu ao Atlético chegar mais próximo do gol de Harlei. Quando o goleirão goiano não defendia os chutes iriam para fora, como um petardo de Evandro, que passou rente. Isso até Alan Bahia ir à linha de fundo e servir Ferreira, que bateu no canto para a festa das arquibancadas.

Um alívio, para quem sempre saia perdendo em casa e não conseguia reverter a situação. "Nós não tivemos perigo de levar gol porque nosso sistema defensivo está bom, mas temos que ter cuidado porque o time deles é muito rápido", alertou o goleiro Cléber. Ele tinha razão. Apesar da equipe atleticana voltar mais acesa no início do segundo tempo, começou a brihar a estrela do técnico Antônio Lopes. Aplaudido pela torcida na entrada em campo e raposa velha do futebol, mandou o time para frente com três atacantes. Welliton entrou e fez, no primeiro toque na bola, para empatar.

Foi a ducha de água fria. O time da casa esfriou e passou a não se acertar mais. Matreiro, Lopes recompôs o meio, enquanto Givanildo tentou com Herrera e Fabrício. Não deu certo a tática de Giva. Quer dizer, deu certo para o Goiás porque Juliano cruzou da esquerda para achar Rogério Correia na área e cabecear com precisão. A torcida pediu mais raça, pediu a cabeça do treinador, pediu contratações e apoiou. Foi o bastante para o oportunista e artilheiro Pedro Oldoni achar uma bola na área e fuzilar. Mas a defesa voltou a ver o ataque goiano trocar passe na cozinha e ver Souza receber livre para tocar no canto e decretar mais uma derrota rubro-negra na Baixada.

CAMPEONATO BRASILEIRO

6.ª Rodada

Atlético 2 x 3 Goiás

Atlético: Cléber; Paulo André, Alex e Danilo; Jancarlos, Erandir (Herrera), Alan Bahia, Evandro e Ivan (Fabrício); Ferreira e Pedro Oldoni. Técnico: Givanildo de Oliveira

Goiás: Harlei; Cléber, Júlio Santos e Rogério Correia; Vítor (Welliton), Cléber Gaúcho, Danilo Portugal (Rafael Dias), Romerito e Jadílson; Roni (Juliano) e Souza. Técnico: Antônio Lopes

Local: Estádio Joaquim Américo

Árbitro: Paulo César de Oliveira (Fifa/SP)

Assistentes: Válter José dos Reis (Fifa/SP) e Vicente Romano Neto (SP)

Gol: Ferreira aos 42 do 1.º tempo; Welliton aos 11, Rogério Correia aos 28, Pedro Oldoni aos 38 e Souza aos 41 do 2.º tempo

Cartão amarelo: Júlio Santos, Cléber, Alex

Renda bruta: R$ 118.295,00

Renda líquida: R$ 41.914,07

Público pagante: 8.150

Público total: 10.427

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