Um ano de glória. Assim pode ser resumido 2002 para o craque Ronaldo, hoje defendendo o Real Madrid. Depois de dois anos de muito sofrimento e incerteza, quando pensou até em abandonar os gramados definitivamente, o atacante deu a volta por cima e brilhou como ninguém no futebol.
Totalmente recuperado da cirurgia no joelho, Ronaldo voltou a jogar pela Inter de Milão, mas o retorno foi frustrante. Se o joelho não incomodou, o mesmo não aconteceu com os músculos. Sofreu diversas lesões, não conseguiu uma sequência de jogos e chegou a ficar ameaçado de não disputar a Copa do Mundo. Essas lesões também acabaram criando um conflito entre o jogador e o técnico da Inter, o argentino Héctor Cúper, que por diversas vezes não deixou Ronaldo nem no banco.
Mas veio a Copa do Mundo e o técnico Luiz Felipe Scolari apostou todas as fichas no futebol de Ronaldo. E ele se superou. Ronaldo foi o grande responsável pela conquista do pentacampeonato. Quando todos achavam que ele iria decepcionar no mundial, Ronaldo mostrou porque é chamado de “Fenômeno”. Terminou como artilheiro da competição com oito gols.
Após a Copa do Mundo, Ronaldo decidiu não mais vestir a camisa da Inter de Milão, em virtude dos atritos com Cúper. Tanto fez que acabou se transferindo para o Real Madrid, aumentando a constelação de craques da equipe espanhola. A transferência foi das mais conturbadas, mas no final acabou dando certo.
Jogando ao lado de astros como Roberto Carlos, Zidane, Figo e Raúl, Ronaldo voltou a dar alegrias aos torcedores. Deu o título de campeão mundial de clubes na decisão contra o Olimpia, do Paraguai, onde foi eleito o melhor em campo e recebeu um carro como prêmio.
Aliás, prêmios é o que não faltou para Ronaldo em 2002. Ele levou os títulos de melhor jogador do mundo, da Fifa, bola de ouro, da revista France Football, chuteira de ouro, como artilheiro da Copa do Mundo, bola de prata, como segundo melhor jogador da Copa do Mundo. Recebeu ainda o prêmio de personalidade do ano da rede de televisão inglesa BBC, foi premiado pela agência Reuters e pela revista World Soccer. Ufa! Se 2002 foi glorioso, em 2003 Ronaldo quer muito mais.