O técnico Givanildo de Oliveira já definiu uma de suas prioridades no momento para o Atlético: esvaziar a prateleira. Não é para menos. O Rubro-Negro possui, atualmente, nada mais, nada menos que 38 jogadores no elenco. Uma pequena multidão que mais atrapalha do que ajuda o trabalho do treinador, já que o time titular está longe de uma formação definitiva. Segundo o comandante do Furacão, o ideal é ter ?apenas? 27 atletas e ir dando chance para alguns juniores. Os dirigentes, por seu lado, estão tentando emprestar pelo menos uns 15 para outros clubes.
?Tem jogadores emprestados voltando e ficando no grupo, porque eu não gosto de separar, certo? Porque não é bom para o jogador. Agora, nós atingimos 38 e isso é ruim?, contabilizou Givanildo. Para ele, com tanta gente, o trabalho não rende da mesma forma e a tendência é do grupo ficar dispersivo. ?É ruim para se fazer coletivo, é ruim para o jogador que fica fora do coletivo. Quando você tem 27, coloca 22 no treino e sobra apenas 4 ou 5 e você completa, quando preciso, com juniores?, explicou.
Sincero, ele já alertou que não gosta dessa situação, mas aceita, pelo menos por enquanto. ?É complicado, mas eles vão continuar trabalhando comigo, alguns machucados, e nós pretendemos levar esse trabalho até a medida que o Atlético for emprestando aqueles que não irão ficar?, revelou. Ao contrário de outros treinadores, Givanildo preferiu não criar um grupo b e evitar panelinhas dentro do elenco. Com Antônio Lopes e, depois, Lothar Matthäus, alguns jogadores trabalhavam em horários alternativos para evitar o excesso de gente treinando ao mesmo tempo no CT.
Os dirigentes não falam sobre o assunto, mas estão se mexendo para tentar colocar esses jogadores em clubes pelo Brasil afora. Pelas contas do treinador, para trabalhar com 27, é preciso transferir cerca de 14 jogadores, já que a idéia é contratar mais um zagueiro, um volante e um atacante. ?Espero que cheguem os reforços. Isso é uma coisa de urgência. Nós tivemos dificuldades, o time reagiu, mas não conseguiu os resultados. Então, mais do que nunca, é preciso melhorar com contratações?, finalizou.
Lugar garantido no ataque
O gol marcado na derrota para o Fluminense está garantindo a condição de titular para o atacante Pedro Oldoni no Atlético. Pelo menos, o técnico Givanildo de Oliveira o tem mantido entre os 11 ao longo dos trabalhos da semana. Com cinco jogos pelo Rubro-Negro e três gols marcados, ele começa a mostrar o mesmo rendimento que teve nas categorias de base, quando marcava em quase todas as partidas. Além dele, William, Fabrício e Válber também podem começar jogando domingo contra o Santos.
?Todo jogador tem o pensamento de ser titular. Infelizmente, não fiz uma boa partida no domingo, apesar de fazer o gol, mas não é só isso que ajuda a equipe?, analisa Pedro. Para ele, o time precisa trabalhar para corrigir os erros e se reabilitar contra o Peixe. ?Eu acho que a equipe tem que ter mais calma, segurar mais a bola e, nas oportunidades que surgirem, tem que fazer e sair na frente no placar para facilitar as coisas?, aponta o jogador, que veio do Cianorte, onde foi artilheiro nos juniores.
Mas, não é só ele que pode se dar bem com Givanildo. No treino coletivo de ontem, os meias Fabrício e Válber e o atacante William deixaram Ferreira, Evandro e Dênis Marques no banco. Na partida de domingo, o treinador já havia declarado que, se pudesse, teria feito seis ou sete alterações. Nos trabalhos, ele vem mexendo na equipe e buscando a melhor formação. O suspenso Jancarlos dá lugar a Carlos Alberto. A definição, no entanto, só sai no treino de amanhã. O time que treinou ontem contou com Cléber; Carlos Alberto, Danilo, Paulo André e Moreno; Alan Bahia, Erandir, Fabrício e Válber; William e Pedro Oldoni.
