Com risco iminente de perder o emprego, o técnico Givanildo de Oliveira se calou sobre sua situação, ontem, no CT do Caju. Na entrevista coletiva, pediu para falar somente sobre o time e deixou escapar que vai armar uma retranca para não perder pro Santa Cruz, domingo, pelo Campeonato Brasileiro.
Seria uma tática para salvar o pescoço? Curiosamente, o diretor-superintendente Alberto Maculan foi convocado para chefiar a delegação que viaja hoje cedo para Recife.
Afastado do dia-a-dia do futebol, o dirigente é o homem que, no final das contas, contrata e manda embora. Enquanto o presidente do conselho deliberativo Mário Celso Petraglia manda, Maculan assina os documentos e os cheques. Assim, a presença dele na delegação pode ser um sintoma de que uma nova derrota signifique mudanças no comando técnico. Mudanças que o treinador não quer mais comentar. Ontem, ele pediu para a assessoria de imprensa informar que, se alguém perguntasse sobre seu cargo, a entrevista estaria automaticamente encerrada.
Respeitado o pedido do treinador, Givanildo revelou que o meia Fabrício, que era uma opção na montagem da equipe, está cortado da viagem. ?Nós fizemos dois trabalhos, um com o João Leonardo e um normal, com dois zagueiros. Infelizmente, nós perdemos o Fabrício nessa viagem, ele sentiu a perna e acabou saindo do treino e nós vamos ver qual é a melhor formação?, analisou. Se já não conta com Fabrício, Giva pode ainda ficar sem Ivan, que sentiu dores musculares e é dúvida para o confronto contra o Santa.
No trabalho de ontem, as novidades ficaram por conta do próprio João Leonardo na zaga e Erandir no meio, para as saídas de Paulo André, suspenso, e Evandro, colocado no time de baixo. Se Ivan não puder jogar, Moreno será o substituto. Com três zagueiros e dois volantes, Giva pretende conseguir uma equipe ?forte?. ?Quero um time que consiga evitar que o adversário chegue no seu gol. Evitar o máximo possível, porque nos 90 minutos é muito difícil. Time forte é aquele que consegue chegar, criar situações de gol e fazer?, explicou.
Tal qual o Coritiba, a delegação levanta vôo às 7h30 no Aeroporto Afonso Pena, se tiver teto, é claro, para o Recife, com escala em São Paulo. À tarde, está previsto mais um trabalho na Ilha do Retiro, Estádio do Sport. Amanhã, o elenco repete a dose no campo do Leão do Norte e Givanildo tira suas últimas dúvidas para a partida de domingo.
Canteiro de obras recebe materiais
Uma notícia bombástica alvoroçou a torcida ontem à tarde: o possível início das obras para conclusão do Estádio Joaquim Américo. Tudo porque alguns caminhões começaram a descarregar materiais para a conclusão da Baixada. Apesar do desejo dos atleticanos, as obras só devem começar para valer mesmo em janeiro do ano que vem, data prevista para a saída definitiva do colégio que ocupa o espaço no momento.
Desde a primeira fase da construção, que foi inaugurada em julho de 1999, a diretoria da época teve a precaução de manter comprada e armazenada grande parte do material que será utilizado para a conclusão. Tudo estava guardado num local que não foi informado, mas que agora, segundo o clube, ficará no terreno ao lado do campo, que está vago.
Com o lucro de R$ 25 milhões obtido no ano passado e sem grandes investimentos no futebol nesta temporada, o clube praticamente assegura o dinheiro necessário para começar as obras e realizar o sonho dos torcedores do Furacão em ter um dos mais modernos estádios da América Latina. A idéia dos dirigentes é adaptar o projeto para ter 40 mil lugares disponíveis e poder sediar qualquer partida de porte internacional e até pleitear jogos da Copa do Mundo de 2014.