Giva entregou o cargo, mas diretoria ainda não decidiu se aceita

Depois da terceira derrota em três jogos em casa no Brasileirão, Givanildo de Oliveira entregou o cargo à diretoria do Atlético.

Mas, ao que parece, o clube manteve o técnico ?prestigiado?. Ontem, em mais um dia de silêncio pelos lados da Baixada, Givanildo trabalhou normalmente e tende a continuar no cargo – ao menos até o jogo contra o São Caetano, quarta-feira, no ABC paulista.

Durante o jogo contra o Goiás, no sábado, a torcida rubro-negra entoou coro que já se torna tradicional, pedindo a saída do técnico. A derrota por 3 x 2, com uma falha gritante da defesa no final, só fez aumentar a pressão sobre Givanildo.

Depois do jogo, o técnico não compareceu à entrevista coletiva. Nem ele, nenhum jogador e nenhum dirigente apareceu para explicar à torcida as razões para a má fase e os mais de 100 dias, ou sete jogos, sem uma mísera vitória no estádio que já foi sinônimo de terror para os adversários.

Em conversa reservada com o presidente João Augusto Fleury da Rocha, dentro dos vestiários, o treinador entregou o cargo e se confessou em situação muito desconfortável para permanecer na Baixada. Àquela altura, o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia, já havia deixado o estádio em companhia do neto.

Ontem de manhã, porém, Givanildo acompanhou normalmente o treino regenerativo, para os jogadores que enfrentaram o Goiás, e técnico-tático, para os que não atuaram no sábado. Os trabalhos foram comandados pelo preparador físico Wellington Vero. Procurado para falar, o treinador evitou se manifestar, mas confirmou ter deixado a diretoria à vontade para decidir seu futuro.

Givanildo deixou marcado para hoje o treino coletivo que antecede a partida contra o São Caetano – mais um indício de que não vai embora de imediato. O clube não se manifestou oficialmente a respeito da situação do treinador.

A quatro rodadas da parada de um mês para a disputa da Copa do Mundo, a diretoria estaria dividida entre dois caminhos. O primeiro, e mais provável, seria mantê-lo até o jogo de quarta – até pela falta de opções emergenciais dentro do clube -, enquanto são mantidos contatos com um novo profissional. A segunda opção seria ficar com Givanildo até a 10.ª rodada, dando a última chance para que ele acerte o time, ou então o novo técnico viria com tempo para implantar seu padrão. Até o mundial, o Furacão pega, além do São Caetano, o Juventude (em casa), o Cruzeiro (em Minas) e o Palmeiras (em casa). Com os resultados da rodada, a equipe caiu para a 14.ª colocação, apenas um ponto acima da zona de rebaixamento.

Diante do Azulão, o Atlético poderá estrear o recém-contratado volante Marcelo Silva. Dagoberto, que não enfrentou o Goiás, só deve voltar na 8.ª rodada.

Hora de ter cabeça fria

Rodrigo Sell

Após mais um fracasso em casa, os jogadores do Atlético só querem buscar a reabilitação no meio de semana. Sem muito tempo para treinar e sem treinador definido, o pensamento é corrigir os erros e, pelo menos, manter a escrita de ter o melhor aproveitamento fora de casa. ?Temos até o meio da semana para trabalhar e vamos ver o que podemos melhorar para chegar em São Caetano e conseguir a vitória?, aponta o artilheiro Pedro Oldoni.

Ele garante que o time está se dedicando ao máximo e que vai fazer de tudo para trazer a vitória diante do Azulão. ?Estamos correndo e nos dedicando. Com certeza vamos voltar com uma vitória?, promete.

Para o goleiro Cléber, a falta de vitórias em casa está dificultando o lado emocional. ?Em casa, nós deveríamos vencer os jogos e não perder. Temos que ter a cabeça fria para mudar isso?, destaca.

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