Foto: Anderson Tozato/Tribuna
Giovani Gionédis olha para a platéia enquanto Júlio Militão da Silva e João Gualberto Scheffer discutem sobre o discurso de Celso Moreira.

O Coritiba começa a viver hoje mais uma fase da ?dinastia Giovani Gionédis?. Eleito para seu terceiro biênio à frente da diretoria executiva do clube do Alto da Glória, Gionédis tomou posse ontem com uma meta bem menos ambiciosa do que há quatro anos: reerguer o Coxa à primeira divisão do futebol nacional.

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No início de 2002, quando Gionédis assumiu pela primeira vez as rédeas do Cori, o objetivo era transformar o clube em empresa, consolidar o patrimônio, pagar as dívidas e colocar o Coxa de volta no rumo dos títulos nacionais. Mas em 2006, a realidade que Gionédis enfrenta ao assumir o clube por mais um período está bem longe da planejada quatro temporadas atrás.

As dívidas foram saneadas, o time investiu em melhorias no Couto Pereira e no CT da Graciosa. Em campo, parecia que as coisas também dariam certo, com a conquista do bicampeonato estadual e o retorno à Libertadores, em 2003. Mas o desastre sofrido no ano passado, com o rebaixamento para a Série B do campeonato nacional, coloca em risco boa parte das conquistas alviverdes.

O próprio Gionédis reconhece que a situação é crítica e sabe que retornar à elite já em 2006 é essencial. ?Vamos fazer todo o possível para buscar todos os recursos necessários para voltar à Série A?, diz. Se não, boa parte dos esforços dos últimos anos pode ir água abaixo.

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O Coritiba já sofre com a perda de receitas com o rebaixamento. Alguns projetos terão que ser deixados em fila de espera, como admite Gionédis. ?Vamos desviar alguns recursos, que seriam para o aumento patrimonial, para o futebol, para montar um time com condições de disputar o título da Série B?, revela. Se a missão falhar, a luz vermelha acenderá de vez. A arrecadação do clube vai despencar ainda mais, deixando as dívidas novamente sem controle.

Evitar esse cenário é a obsessão de Gionédis no primeiro dos dois anos do mandato que começou ontem. ?Acho que já temos uma boa base. O time está pronto para o início da temporada. E antes do Campeonato Brasileiro será feita uma avaliação, para definirmos os últimos reforços?, acredita.

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E para vencer a batalha da segundona e retomar a trajetória ascendente, um aliado é considerado fundamental pela direção coxa-branca. ?Para ser campeão da Série B é necessário ter 100% de aproveitamento em casa. Queremos tornar o Couto Pereira um campo imbatível. Para isso, contamos com o apoio da torcida?, conclama Gionédis.

Júlio Sérgio já era e Cori procura outro goleiro. Pra já

Durou menos de 15 dias a passagem do goleiro Júlio Sérgio pelo Coritiba. Contratado no final do ano passado como um dos primeiros reforços do Coxa para a temporada 2006, o goleiro supreendeu a todos na tarde de ontem, quando pediu a rescisão de seu contrato.

O jogador conseguiu um passaporte da Comunidade Européia. Com o documento, o goleiro acredita que abre as portas para seu ingresso em um clube do Velho Continente. Júlio Sérgio já teria recebido propostas e deve viajar para a Europa nos próximos dias, para assinar contrato com uma equipe, provavelmente, de Portugal ou da Espanha.

O fim do contrato entre o Coritiba e Júlio Sérgio foi acertado de maneira amigável. A possibilidade de liberação no caso de algum negócio com uma equipe do exterior já havia sido acordada com o clube e o jogador não teve que pagar multa por rescindir seu acordo com o clube.

Com a saída de Júlio Sérgio, é provável que o Cori anuncie nos próximos dias a contratação de um novo goleiro. Por enquanto, o clube conta apenas com Arthur, que veio do Cruzeiro, Ricardo Villar e Rodrigo Café, que foram promovidos da equipe júnior.