Giovani Gionédis cumpriu a ameaça. O atual presidente do Coritiba divulgou ontem aos sócios do clube uma carta com pesadas acusações contra Domingos Moro, ex-vice-presidente e um dos candidatos à sucessão no clube. A briga já foi parar na Justiça e esquentou ainda mais o clima do processo eleitoral, que será concluído com a votação marcada para amanhã.
Assim que Moro divulgou sua intenção de concorrer ao comando do Coxa, Gionédis ameaçou: se a candidatura fosse registrada, iria divulgar a todos os sócios do clube uma carta relatando ?problemas morais? que, segundo ele, tornariam inviável sua atuação como presidente. A promessa foi cumprida ontem e desde manhã os associados começaram a receber as cartas e um CD com as acusações, que envolvem a suposta preferência sexual de Moro.
A reação de Moro foi imediata. Através de seus advogados, ele ingressou na Justiça com um pedido de liminar de tutela inibitória, para que Gionédis fosse obrigado a interromper a distribuição do material. Solicitação que foi acatada no início da tarde pelo juiz Benjamim Acácio de Moura e Costa, da 14.ª Vara Cível de Curitiba.
?O MM. juiz desta vara deferiu a medida liminar pleiteada, para o fim de ordenar ao requerido que se abstenha de prestar quaisquer informações desabonadoras acerca da moral do requerente, sob qualquer forma ou por qualquer meio de divulgação, sob pena de assim o fazendo incidir multa de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) a contar da intimação presente?, diz o mandado expedido pelo juiz.
Com o documento em mãos, o oficial de justiça Clóvis da Silva Freitas Júnior foi ao escritório de Gionédis, que assinou a citação às 18h de ontem. Agora, ele tem 15 dias para contestar a ação. Se não o fizer, o despacho ressalta que ?importará na presunção de que admitiu como verdadeiros e aceitos os fatos articulados pela autora inicial?.
Agora, o assunto promete dar muita dor de cabeça a Gionédis, que vai ter que provar na Justiça as acusações. ?Estamos ajuizando ação criminal pelo crime praticado contra a honra de Domingos Moro. Também vamos entrar com um pedido de indenização por danos morais. Será uma ação milionária?, avisa o advogado de Moro, Raul Rangel.
Arruda confirma uso da fita pra renúncia de Moro
Carlos Simon
Membro da comissão que intermediou a saída de Domingos Moro, o conselheiro José Augusto Arruda confirma alguns dos fatos relatados na carta de Giovani Gionédis aos sócios do Coritiba.
Arruda disse que participou da reunião com Gionédis, André Ribeiro e Moro, em que a diretoria sugeriu a renúncia do então vice-presidente. ?Foi exposta a existência da fita da conversa com o jogador. Moro ficou de pensar e decidir?, conta. Arruda diz que foi numa segunda reunião, desta vez somente entre Gionédis e Moro, que a saída do dirigente ficou definida.
Arruda, que na época compunha o chamado G9 – grupo de nove membros do conselho de administração -, diz não saber por que a presidência decidiu expor a situação só agora. ?Não posso especular o motivo. Na época, ficou acertado que o fato não seria divulgado. Tanto que só Gionédis tinha documento da renúncia de Moro?, disse o conselheiro, que integra a chapa de João Carlos Vialle para as próximas eleições.
Gionédis joga lama e divulga denúncias de assédio sexual contra adversário
Envolver o nome de Domingos Moro em um suposto assédio foi o objetivo da carta enviada aos sócios do Coritiba por Giovani Gionédis. O episódio teria acontecido entre maio e julho de 2004, durante a disputa do Campeonato Brasileiro, e envolveria Moro e jogadores das categorias de base do clube.
Gionédis afirma que, em julho de 2004, recebeu anonimamente uma fita em que o jogador Thiago Santos afirmava ter tido relações íntimas com Moro, então vice-presidente do Coxa. Em uma reunião com membros do conselho de administração do clube, dias depois, Thiago teria confirmado as afirmações e revelado os nomes de outros atletas que teriam feito o mesmo, ?sob a promessa de irem para o time principal?.
O episódio teria levado o conselho a pedir a renúncia de Moro, com quem, segundo a carta de Gionédis, foi fechado ?um pacto de afastamento definitivo do futebol do clube, sem qualquer divulgação dos fatos?. Caso Moro não concordasse, seria aberto um procedimento disciplinar ?para sua expulsão? do Coritiba.
Diante das acusações, Moro teria aceitado renunciar. Uma carta de renúncia acompanha a correspondência enviada por Gionédis aos sócios do Coxa. Nela, não há qualquer menção aos fatos denunciados pelo atual presidente alviverde.
Na carta enviada aos sócios, Giovani relaciona como testemunhas de suas acusações o atual vice-presidente do Coritiba, André Ribeiro, os diretores José Augusto Arruda, Luiz Henrique Barbosa Jorge, Simão Blinder, Cleverson Marinho Teixeira e Omar Akel; o então coordenador de futebol Sérgio Ramirez, e o técnico Antônio Lopes. Todos teriam presenciado pelo menos um dos supostos episódios narrados.
Gionédis também ?esclarece? o ?suposto? convite a Moro para voltar ao departamento de futebol do clube no início de 2007. ?Na época havia uma pressão muito forte de diferentes setores do Coritiba, inclusive torcida, para que o Moro fosse o coordenador de futebol. Conversei pessoalmente com o mesmo, inclusive reavivando os fatos passados, na certeza de que o mesmo declinaria do pedido como foi feito.?
Junto à correspondência foi enviado um CD com um arquivo de áudio, onde uma voz, identificada como a de Thiago Santos, faz as acusações contra Moro. ?Cumpro minha missão. Cabe a vocês a decisão na hora do voto de qual governo querem para nosso clube?, conclui Gionédis, que assina a carta, redigida sobre papel timbrado oficial do Coritiba, como presidente do conselho de administração do clube.
?Não fiz nada errado?, sustenta cartola
Ciciro Back |
GG ontem, em seu escritório. |
O risco de responder a uma ação criminal e a um processo milionário por danos morais não intimidaram Giovani Gionédis. ?Falei que iria entregar uma carta e entreguei. Mantive isso entre os sócios do Coritiba. Nunca levei para a imprensa e não vou levar. Roupa suja se lava em casa?, afirma. O presidente do Coxa afirma que só levou as acusações aos sócios por acreditar que eles dizem respeito ?à moral e à dignidade do Coritiba?. ?Não é nada pessoal contra o Moro. Fiz um comunicado oficial, como presidente, em papel timbrado do clube, com a intenção de defender a instituição. Não fiz nada de errado. Isso já causou muito prejuízo ao Coritiba?, defende.
Gionédis conversou com a reportagem da Tribuna em seu escritório, logo após receber a visita do oficial de justiça, e não se mostrou preocupado com a reação de Moro e com as possíveis conseqüências nos tribunais. ?Tudo o que eu tinha para falar já está dito. Essa notificação não significa nada para mim?, conclui.
Gionédis apela pra baixaria e dá tiro no pé
Anderson Tozato |
Ex-assessor de imprensa confirma que foi tudo armado para tirar Moro do clube. Candidato e membros da chapa estiveram na redação da Tribuna, ontem à noite. |
Domingos Moro rebateu com veemência as afirmações da carta do presidente Giovani Gionédis endereçada aos sócios. Além de proibir judicialmente a divulgação do documento, o candidato à presidência do Coritiba, que compareceu ontem à redação da Tribuna em companhia de vários membros de sua chapa, diz que irá entrar com queixa-crime contra Gionédis.
Moro sustenta que foi vítima de uma armação que tinha por objetivo tirá-lo do Coritiba. Ele acredita que em 2004 era visto como empecilho por Gionédis, por ter ganhado projeção dentro do clube. A primeira tentativa nesse sentido teria sido um convite para que se candidatasse a vereador pelo PSC, partido cujo diretório era presidido pelo atual presidente do Coxa. Além de Moro ter recusado, ambos teriam travado uma ríspida discussão, após uma partida contra o Vasco no Rio de Janeiro, por causa da intenção de Gionédis de vetar a entrada do comentarista Capitão Hidalgo no Couto Pereira.
A fita com depoimento de Thiago Santos sobre as preferências sexuais de Moro seria uma armação montada por Sandro Gusso, ex-assessor político de Gionédis e de imprensa do Coritiba. O próprio Gusso, que agora acompanha o candidato Moro, diz ter forçado o jogador a falar a pedido de Gionédis. ?Eu havia acabado de ser demitido do Coritiba. Gionédis então me procurou e pediu para ajudá-lo a derrubar Moro, a quem atribuiu minha demissão. Disse que assim eu recuperaria o emprego?, diz o assessor.
Gusso disse ter procurado Thiago Santos aleatoriamente, porque este freqüentava o mesmo prédio onde morava. ?Por ordem de Gionédis, falei ao jogador que ele estaria garantido no clube se falasse mal do Moro. Passei a ele o que deveria ser dito e tudo foi gravado no escritório do Giovani Gionédis?, sustenta Gusso.
O ex-assessor diz que decidiu apresentar esta outra versão depois de saber que a fita virou trunfo eleitoreiro de Gionédis. ?A ordem era para que a fita não saísse de dentro do clube. Achei que não era certo?, falou o assessor.
Pouco depois de gravada, a primeira fita de Thiago Santos foi apresentada a Moro como forma de coagi-lo a deixar o Coritiba. ?Me senti tão traído que resolvi deixar o clube. Mas a maior prova de que nada disso é verdade é que fui convidado por esse mesmo presidente (Gionédis) a voltar ao Coritiba no início de 2007?, disse Moro.
Segundo o candidato, outro ponto que incomodava Gionédis era seu questionamento em relação à Coritiba S/A, empresa fundada pelo atual presidente para gerenciar as contas do clube. Moro promete uma devassa na contabilidade da empresa. ?Sempre alertei o Conselho pra que ficasse de olho na S/A. Não que houvesse indício de irregularidade, mas o clube não tinha nenhum controle sobre as contas da empresa. Nem iria mexer nisso, mas agora investigaremos a fundo a gestão atual?, falou o candidato.
Moro revelou também que, logo depois de sair do Coxa, passou uma temporada no Rio de Janeiro às custas da Federação Paranaense de Futebol. A ?bolsa? teria sido providenciada por Gionédis para que se afastasse da política do clube. ?Mesmo que fossem reais, essas mentiras só dizem respeito ao aspecto particular. Pensei no porquê de expor o nome do Coritiba a tudo isso, e por que não posso ser candidato?, falou Moro, que diz ter recebido ameaças após a confirmação da candidatura.
Depoimento de Thiago Santos inocenta Moro
Como parte da defesa, Moro apresentou ontem à Tribuna um depoimento gravado em vídeo por Thiago Santos, registrado em cartório no último dia 28 de novembro. O ex-jogador coxa-branca diz que foi induzido pelo presidente Giovani Gionédis a declarar o conteúdo da fita distribuída aos sócios do clube.
Thiago, que hoje joga em São Paulo, foi procurado pelo ex-assessor de imprensa do clube, Sandro Gusso, para que esclarecesse a situação. O jogador relata que na época (2004) foi levado ao escritório de Gionédis pelo então coordenador de futebol Oscar Yamato para que contasse a verdade sobra a relação com Moro. ?Gionédis gravou a conversa sem minha autorização, insinuando a dizer coisas do Moro, que ele era homossexual. O que é mentira, ele só ajudava os jogadores das categorias de base. O Gionédis me induziu a falar essas coisas para tirar o Moro do clube. Fiquei com muita raiva quando soube que a fita seria divulgada contra o Moro?, disse o jogador no vídeo.
Em outro trecho, Thiago Santos disse ter sido prejudicado no clube em 2006. Ele afirma que chegou a ser proibido de entrar no Couto Pereira, apesar da promessa de proteção por parte de Gionédis. ?Quando falei que não queria ser emprestado, ele (Gionédis) me dispensou. Acho que isso tem a ver com aquela fita?, diz o jogador, que também assinou documento por escrito negando a veracidade das informações prestadas na fita.
?Eleição deveria ser decidida em cima de propostas?, diz Cirino
Julio Tarnowski Jr.
Valquir Aureliano |
Jair Cirino (direita) com dois integrantes da sua chapa. |
O jogo pesado envolvendo a diretoria do Coritiba e o candidato de oposição Domingos Moro – com a distribuição aos associados de uma carta e um CD com audio com supostas denúncias de assédio a jogadores no clube – foi tachada como lamentável por Jair Cirino, candidato à presidência pela chapa ?Coritiba com respeito e dignidade?. ?Fico triste que isto esteja acontecendo. Não vou entrar em detalhes sobre o acontecido. Nossa preocupação é discutir o clube, propostas para melhorar o Coritiba?, disse ontem à noite, por telefone, Jair Cirino, que também chegou a receber cópia da carta assinada por Giovani Gionédis, com graves acusações ao advogado e ex-vice-presidente do clube em 2004.
Cirino diz que não chegou a escutar a gravação. ?Não queria que este tipo de coisa acontecesse. Ficamos expostos à chacota pública. Lamento pela grandeza do Coritiba tenhamos esse tipo de situação. Fico triste com o conteúdo da correspondência?, reafirmou o candidato à presidência do Alviverde, voltando a dizer que ?gostaria que a eleição de domingo (amanhã) fosse decidida em cima das propostas, do que as chapas tem para oferecer ao clube e aos torcedores, e não de detalhes pessoais?.
Cirino aproveitou o momento para voltar a criticar a administração de Giovani Gionédis frente ao Coritiba. ?Isso é reflexo de um período conturbado, e dos dois anos que ficamos na 2.ª Divisão. Precisamos Ter respeito ao torcedor, às tradições do clube?, disse Jair Cirino, que destacou o trabalho do seu grupo na montagem da chapa e do programa de propostas para dirigir o Alviverde. ?Somos um grupo de oposição responsável, com torcedores históricos. Planejamos ações para repor o Coritiba no cenário nacional, com idéias viáveis e consistentes?, disse o candidato.
Sem composições
Sobre a possibilidade de uma composição entre as duas chapas de oposição, Cirino foi enfático. ?Isso é impossível. A eleição é domingo (amanhã). Não existe essa possibilidade?, garantiu Cirino, que não chegou a ser procurado oficialmente por Domingos Moro.
O realinhamento das duas oposições – Cirino e Moro – chegou a ser cogitada no início da noite de ontem, após a divulgação das denúncias de Gionédis.
Porém Cirino descartou essa alternativa. ?Isso poderia ter ocorrido antes de registrarmos as chapas. O processo democrático é bom, e poderíamos ter até quatro chapas. Agora vamos para a eleição?, finalizou.
Yamato inocenta Moro e lamenta a baixaria
Irapitan Costa
Valquir Aureliano |
O ex-gerente de futebol do Coxa diz que cumpriu ordens ao levar Thiago Santos pro escritório de Gionédis. |
O ex-gerente de futebol do Coritiba, Oscar Yamato, confirmou ter ouvido o depoimento do jogador Thiago Santos em que compromete Domingos Moro, hoje candidato à presidência do Coritiba. ?Fiquei surpreso com o que ouvi, pois eram denúncias graves?, admitiu. Yamato deixou transparecer um claro desconforto com a situação a que ficou exposto, com seu nome vinculado à gravação que ?detona? Moro e expõe supostas preferências sexuais do ex-vice coxa.
?Sou amigo do Moro. E, nos anos em que convivi com ele, no Coritiba, não presenciei nada que desabonasse a sua conduta?, disse Oscar Yamato. ?Estive em quase todas as viagens da delegação e nunca ocorreu nada de anormal. Até porque, se houvesse acontecido algo, seria o primeiro a relatar, na condição de chefe da delegação?, explicou. Oscar disse ainda que não viu o fato citado por Giovani Gionédis na ?carta aos sócios?, sobre o incidente em Campinas.
?Naquele dia havíamos perdido o jogo e eu me recolhi. Sei que a diretoria e a comissão técnica saíram para jantar. Mas, não posso comentar algo que não vi?, afirmou Yamato. Para o ex-gerente coxa, sempre houve rumores junto à diretoria do clube, mas o próprio Gionédis, num passado recente, defendeu Domingos Moro no conselho do clube. ?Não vejo essa situação como problema do futebol, mas sim administrativo. Sempre houve muito disse-que-disse, mas na cúpula do clube?, comentou Oscar.
Sobre o dia em que houve a gravação, Yamato relatou o que realmente ocorreu. ?Estava saindo do CT quando o Giovani me ligou. Mandou que eu pegasse o jogador (Thiago Santos) e o levasse ao seu escritório para tirar algumas coisas a limpo?, disse Yamato. ?Cumpri ordens e ouvi toda a conversa, surpreso com o que foi dito. Apenas isso. Sempre mantive uma conduta de não questionar o que ocorre fora do clube, com jogadores ou dirigentes?, afirmou. ?No fundo, só lamento essa baixaria?, deixou escapar Yamato.
Ramirez diz que é briga de cachorro grande
Na estrada, retornando de Florianópolis – onde assumiu o comando do Avaí -, Sérgio Ramirez reagiu com espontaneidade aos fatos que cercam os bastidores políticos do Coritiba. ?Pelo amor de Deus, chegou a esse ponto…?, disse o técnico, que à época dos ?fatos? denunciados por Giovani Gionédis exercia a função de coordenador técnico do Coritiba.
Ramirez, no entanto, preferiu não tecer maiores comentários sobre o tema. ?Não tenho nada a declarar?, disse o uruguaio. ?Não me envolvam nisso, não. Essa é uma briga de cachorro grande. Eles são brancos que se entendam?, disparou Sérgio Ramirez, evitando tomar partido na briga Gionédis x Moro.
Espeto, Ribeiro e Lopes: ?nada a declarar?
Rodrigo Feres – especial para Tribuna
Às vésperas das eleições presidenciais no Coritiba, os sócios, e todos os coritibanos, foram pegos de surpresa no fim da tarde de ontem. Uma carta, redigida pelo presidente Giovani Gionédis, e um CD foram repassados aos sócios aptos a votar. O conteúdo desse material envolve possíveis escândalos do candidato Domingos Moro, no ano de 2004.
Membro do Conselho em 2004, Luís Henrique, o ?Espeto?, não quis se pronunciar a respeito das denúncias referidas a Moro. ?Não tenho nada a declarar?, disse. Porém, quando perguntado o porquê da renúncia da vice-presidência em 2004 de Domingos Moro, ele foi enfático ao dizer: ?os motivos todo mundo sabe?. Porém, Luís Henrique não quer se envolver diretamente, porque a denúncia envolve o nome da instituição Coritiba.
O técnico do Coritiba na época era Antônio Lopes. Na carta, Gionédis cita o nome de Antônio Lopes.
Quando questionado sobre a veracidade das denúncias, o ?pato velho?, literalmente, não quis se envolver. ?Não tenho mais nada com o Coritiba. Já saí do clube faz tempo e não quero declarar nada. Se eu ainda tivesse alguma ligação com o Coritiba, talvez eu até falasse alguma coisa?, afirmou.
Quem substituiu Domingos Moro após a sua renúncia foi André Ribeiro. Ele não quis confirmar as denúncias contra Moro. ?Esta é uma questão que será resolvida internamente e não através da imprensa?, afirmou. Ribeiro disse que na época dos acontecimentos foi notificado por Gionédis sobre os fatos envolvendo a pessoa de Domingos Moro, e imagina o porquê do presidente ter tomado essa atitude. ?Não vou falar por ele, mas acredito que o Giovani quer que os sócios saibam da questão que a carta aborda. Mas iremos discutir internamente?.
Nobanco dos réus
Cahuê Miranda
O Coxa foi denunciado com base no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (STJD) ? deixar de tomar providências capazes de prevenir ou reprimir desordens em sua praça de desportos itens da agenda de hoje, com sos itens da agenda de hoje, com sos itens da agenda de hoje, com sos itens da agenda de hoje, com sos itens da agenda de hoje, com sos itens da agenda de hoje, com sos itens da agenda de hoje, com sos itens da agenda de hojeestádio, causou tumulto e muita correria. O relator ainda incluiu nos autos a informação de que no estádio havia mais de 38 mil pagantes, quando a capacidade liberada pelo Corpo de Bombeiros é de pouco mais de 35 mil pessoas.
A suposta superlotação ainda pode render mais problemas ao Coxa. No Estatuto do Torcedor, a pena prevista para o clube que vende mais ingressos do que a capacidade do estádio é a perda de mando de campo por pelo menos seis meses.