A seleção brasileira feminina de ginástica artística mostrou neste sábado que está de volta ao grupo das melhores do mundo. Competindo como equipe pela primeira vez desde a estreia de Flávia Saraiva e Rebeca Andrade como “adultas”, o Brasil avançou à final do Challenger de Flanders, na Bélgica, com excelente desempenho, com a melhor nota das eliminatórias.

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Apesar de Rebeca Andrade ter sofrido três quedas e de a equipe ter competido desfalcada de Jade Barbosa, o Brasil somou 221.350 pontos. Como comparativo, essa pontuação seria equivalente ao sexto lugar da fase de classificação do Mundial do ano passado, com folga de cerca de 4.5 pontos sobre a Alemanha, então nona colocada.

O torneio em Ghent serve exatamente para a comissão técnica avaliar o patamar em que está a renovada seleção feminina do Brasil, que no ano passado, antes das estreias de Flávia, Rebeca e Lorrane Oliveira (que não compete na Bélgica) foi apenas 16.ª colocada no Mundial.

Neste ano, entretanto, o Mundial de Glasgow (Escócia), em outubro, é pré-olímpico. Para levar equipe completa ao Rio, o Brasil precisa ser um dos oito finalistas do Mundial. Se terminar entre o nono e o 16.º lugares, ainda vai ter nova chance no Pré-Olímpico do ano que vem, já no Rio. A meta, porém, é conquistar a classificação agora e tirar esse peso das costas.

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O resultado em Flanders também mostrou Rebeca Andrade como candidata a medalha logo no seu primeiro Mundial. A garota foi mal na trave (12.100 pontos), com duas quedas, mas mesmo assim fez 55.350 na soma dos quatro aparelhos. Ela, Flávia Saraiva (55.800) e Daniele Hypolito (54.950) tiveram resultados que as colocariam na final do individual geral no Mundial do ano passado. No mesmo comparativo, Rebeca ganharia a prata no solo com os 14.850 deste sábado.

No individual geral, Flávia foi a primeira colocada, seguida de perto por Rebeca, enquanto Daniele ficou com o quarto lugar, logo atrás da francesa Marine Brevet. Letícia Costa foi apenas a 14ª desta listagem, mas esse resultado não pode ser considerado ruim pelo fato de ela não ter competido em todas as provas.

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Aos 30 anos, Daniele Hypolito melhorou em 1.451 seu resultado de Nanning (China) e mostrou que merece ficar no time que vai ao Mundial deste ano. O mesmo para Letícia Costa, que somou 53.500 pontos e teve bom desempenho no salto (14.750). Julie Kim Sinmon completou a equipe e não competiu no solo.