Larissa Barata, a técnica Mônica
Queiroz e Tayane Mantovanelli,
garantem sucesso e evolução na rítmica.

As ginásticas artística e rítmica do Brasil deram um verdadeiro show no último dia de disputa dos VII Jogos Sul-Americanos, ontem, no Ginásio do Tarumã, em Curitiba. Ao todo foram conquistadas sete medalhas de ouro, quatro de prata e quatro de bronze, números que comprovam a evolução do esporte no País e o colocam como uma das grandes forças do continente.

A estrela Daniele Hypólito faturou três das quatro medalhas de ouro em jogo nas finais por aparelho da ginástica artística feminina; a outra ficou com a companheira de equipe Ana Paula Rodrigues, de apenas 14 anos. Com as vitórias de Daniele na mesa de salto, na trave e no solo, e de Ana Paula nas barras assimétricas, a equipe brasileira confirmou seu favoritismo e chegou ao fim dos jogos sem perder uma disputa sequer. Sábado, o Brasil já havia conquistado a medalha de ouro no individual geral, com Daniele Hypólito, e por equipe.

“Foi ótimo conseguir tantas vitórias. As medalhas estavam programadas, mas mesmo assim tive que treinar muito. Agora vamos nos concentrar na preparação para o pré-olímpico. Nosso objetivo é chegar aos Jogos Olímpicos de Atenas”, comemorou Daniele.

Ana Paula Rodrigues estava radiante com o ouro nas barras assimétricas. “Foi muito bom vencer, principalmente porque a Daniele também estava competindo. Procurei fazer o melhor para conseguir superá-la”, disse Ana Paula.

Quem também ficou empolgado com o desempenho das meninas brasileiras foi o ucraniano Oleg Ostapenko, técnico do Brasil. Para ele, Daniele, a maior ginasta brasileira de todos os tempos, tem condições de se destacar ainda mais. “Ela é uma atleta que pode evoluir e ganhar uma medalha para o Brasil em Atenas”, afirmou o treinador.

A superioridade de Daniele em relação às outras atletas da América do Sul ficou evidente na apresentação de solo. O primeiro lugar no aparelho foi conquistado com nota 9,500. A segunda colocada na prova, a argentina Daniela Conde, conseguiu nota 8,375, mais de um ponto de diferença para a campeã.

Não foram apenas as meninas que brilharam no encerramento das competições de ginástica. Pelo masculino, a equipe do Brasil conquistou quatro medalhas nas finais por aparelhos. Mosiah Rodrigues levou o ouro no cavalo, enquanto Danilo Nogueira ganhou a prata na argola. Já Victor Rosa ficou com dois bronzes: na barra e no solo.

Na ginástica rítmica, a revelação brasileira Larissa Barata foi a grande vencedora do sul-americano. Depois de ter vencido a disputa individual geral e ter ajudado o País a ficar com o ouro por equipes, no sábado, Larissa levou mais duas medalhas de ouro para casa ontem: na maça e na bola. Ela travou um duelo particular com a argentina Anahí Sosa, que venceu as outras duas finais por aparelho (corda e arco), deixando a prata para a brasileira. “Não esperava ganhar quatro medalhas de ouro. Apesar de ser mais nova, consegui vencer uma ginasta que está entre as melhores do mundo e, com certeza, estará em Atenas”, disse Larissa, de 15 anos, referindo-se à Anahí.

A técnica da equipe de ginástica rítmica, Mônica Queiroz, não cansou de elogiar o esforço e a determinação das meninas brasileiras. “Foi um resultado excelente. Todas estavam muito seguras, apesar do desgaste de mais de duas semanas de treinamento intenso em Curitiba. A diferença do Brasil para as outras equipes é a coesão. Estamos bem preparadas. Entramos nas disputas com confiança e os árbitros percebem isso”, avaliou Mônica.

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