A última competição em casa antes dos Jogos Olímpicos do Rio rendeu 13 medalhas (seis ouros, quatro pratas e três bronzes) para a ginástica artística brasileira. Mais importante do que o número de pódios foi o bom desempenho dos atletas na etapa de São Paulo da Copa do Mundo, realizada no Ginásio do Ibirapuera, neste fim de semana.

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“A análise que nos interessa é da nota dos aparelhos e dos testes das mudanças nas séries. Estamos em um caminho bom, em um processo de limpeza de séries e definição da equipe”, explica Leonardo Finco, coordenador da seleção masculina da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG).

De acordo com Leonardo, o único ginasta já garantido na equipe olímpica masculina é Arthur Zanetti, que conquistou a medalha de ouro nas argolas neste domingo. Com a nota 15,800, o atual campeão olímpico mostrou que a regularidade é um dos seus pontos fortes. Ele tem conseguido manter essa média nas últimas provas disputadas.

Outro trunfo de Zanetti é a frieza, ainda maior neste ciclo olímpico do que nos meses que antecederam os Jogos de Londres, em 2012. “Já tinha uma tranquilidade, mas agora as cargas de treino e de competição me deixam ainda mais tranquilo. Provavelmente eu estaria um pouco mais ansioso, aqui estou tranquilo demais”, afirma.

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Já o técnico Marcos Goto vive a situação oposta. A pressão aumenta à medida que a expectativa de medalha sobre o pupilo cresce. “A responsabilidade que eu tenho hoje é muito maior. Em Londres, ninguém vinha me cobrar, ninguém conhecia o Arthur”, compara.

As outras quatro vagas da equipe ainda estão abertas. Arthur Nory Mariano e Sérgio Sasaki, os dois generalistas do time, tiveram um importante teste em São Paulo. Sasaki abriu o dia com o ouro na barra fixa (15,250), aparelho em que Nory sofreu uma queda e amargou a 5.ª posição. No salto, os ginastas trocaram de papel e fizeram dobradinha para o Brasil no pódio. Nory deu a volta por cima com a primeira posição (14,800). Sasaki fez o melhor salto do dia, mas não repetiu o desempenho no segundo e acabou com a prata (14,675).

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FEMININO – A equipe feminina para os Jogos Olímpicos já está definida: Daniele Hypolito, Jade Barbosa, Rebeca Andrade, Lorrane Oliveira e Flávia Saraiva, que deu lugar a Carolyne Pedro em São Paulo. Essa é a formação ideal, segundo Georgette Vidor, coordenadora da equipe feminina da CBG.

“A gente atingiu os nossos objetivos. Não estavam aqui grandes competidoras, o que a gente estava observando eram as notas que as nossas ginastas teriam e, sobretudo, se elas iam fazer provas sem erro. A gente conseguiu praticamente 100%”, destaca Georgette.

E ela explica a decisão de deixar Jade Barbosa na posição de hors concours, fora da briga por medalha nas barras assimétricas. “A gente está trabalhando a segurança das atletas. Foi muito mais testar a Lorrane do que qualquer coisa. E a gente queria ver a paralela da Jade porque ela errou nas duas últimas competições.”

Aos 31 anos, Daniele Hypolito provou que está em ótima forma. A ginasta, que havia conquistado o único ouro do Brasil no sábado, sagrou-se campeã também no solo e na trave ontem. “Foi uma competição constante. Quem olha para mim sabe que estou firme e segura. É continuar trabalhando isso”, destaca. O desempenho já faz a veterana repensar a aposentadoria. Carolyne comemorou a medalha de bronze no solo, e Rebeca fechou a participação do Brasil com o terceiro lugar na trave.