O novo coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, deu poucas pistas sobre o quer realizará a partir desta quinta-feira, quando foi anunciado para o cargo pelo presidente da confederação, José Maria Marin, em entrevista coletiva no Rio, mas indicou que a valorização das categorias de base e o jogo coletivo vão guiar o seu trabalho.
“É uma nova forma de ver as coisas, avançando em coisas que a comissão técnica antiga não teve tempo de realizar. A filosofia de trabalho é simples: a prioridade é da base e também da nossa parte coletiva. Os talentos fora de série sempre vão surgir. Temos que olhar para a nossa qualidade coletiva”, disse.
Acompanhando a última Copa do Mundo fora da seleção, Gilmar admitiu nesta quinta-feira que ficou incomodado com a mensagem de apoio (Força, Neymar), exposta em bonés, a Neymar momentos antes da semifinal contra a Alemanha. Para ele, o acessório deveria dar apoio ao substituto do atacante, que ficou fora da reta final do torneio por ter fraturado uma vértebra.
“Eu venho do futebol, já joguei com grandes jogadores, então, para mim, a questão da vaidade é natural. O que mais me incomodou nessa Copa, foi um boné no jogo contra a Alemanha. Acho que a frase deveria ser ‘Força, Bernard’. As coisas no futebol são dinâmicas, tinha que apoiar quem estava entrando. Achei fora de sintonia”, afirmou.
Como jogador, Gilmar teve passagens por alguns dos principais clubes do futebol nacional, como Flamengo, Internacional e São Paulo, além de ter feito parte do grupo campeão mundial em 1994. Depois de se aposentar, vinha exercendo a função de empresário. Nesta quinta-feira, o ex-goleiro garantiu que não existirá qualquer conflito de interesses com o seu novo cargo.
“Há algum tempo havia desistido do cargo de agente, só fiquei com alguns por lealdade, a quem avisei ontem. Hoje deixei essa função oficialmente. Não tenho nenhuma preocupação com isso. Tenho vivencia pela seleção. Minha historia fala por mim”, afirmou.