A crise nos aeroportos afetou a festa do melhor jogador do mundo em Curitiba. O atacante Giba chegaria apenas no início da noite de ontem à capital paranaense – e em um táxi aéreo fretado às pressas para tentar escapar da fila de vôos em São Paulo.
Mesmo assim, não foi possível a realização da coletiva de Giba no Espaço Batel. O encontro do atleta com o público paranaense ficou para hoje, às 14h, na entrega do título de cidadão honorário de Curitiba, na prefeitura municipal.
Este tipo de entrega acontece geralmente (na verdade, sempre), na Câmara de Vereadores, mas ontem foi feito o anúncio de que o evento aconteceria na Prefeitura. A assessoria do jogador garantiu que a solenidade será curta, mas o sítio oficial da PMC (www.curitiba.pr.gov.br) informava que Giba receberia uma placa do prefeito Beto Richa, e depois seria levado à Câmara para a entrega do título. O prefeito também homenageará o Paraná Clube, por causa da classificação para a Copa Libertadores da América.
Giba também receberá um ?mimo? do seu clube de coração. O vice-presidente jurídico, Luís Carlos de Castro, estava ontem no local da coletiva para entregar uma camisa 7 (o número de Giba na seleção de vôlei) do Tricolor. Em contrapartida, o melhor jogador do mundo entregaria uma camisa da seleção para ser exposta no museu do clube.
Mas nem a entrega da camisa nem a coletiva acabaram sendo realizadas. Giba chegou ao Brasil com seus companheiros da seleção, participou de eventos em São Paulo e ?empacou? por lá, devido à crise dos controladores de vôo -para azar dele, o vôo que ele tomaria vinha de Brasília, exatamente o local em que a confusão é maior. Não houve outro jeito senão cancelar a entrevista, e remarcá-la para hoje, depois da solenidade na Prefeitura.
Bicampeões mundiais fazem festa em São Paulo
São Paulo – A comemoração pela conquista do bicampeonato mundial da seleção brasileira masculina de vôlei parou as ruas do centro de São Paulo e a Avenida Paulista, numa festa regada a cerveja e champanhe ontem. Mas o descanso dura apenas até amanhã, quando os atletas voltam para a Europa para representar seus clubes na Itália e Grécia.
A maior parte da delegação desembarcou na manhã desta terça-feira no Brasil, após mais de 24 horas de viagem. O grupo saiu do Ginásio do Ibirapuera em desfile em carro do Corpo de Bombeiros. No caminho, Giba, Anderson, Marcelinho, Dante, Rodrigão, Samuel e Serginho receberam latas de cerveja e garrafas de champanhe de torcedores que estavam pelas ruas da capital paulista.
Cansaço? ?Faz parte disso vir para cá. Temos um compromisso na Itália – o Campeonato Italiano começa no domingo – mas sabe a importância de estar aqui no Brasil. Sabemos que o pessoal viu, acompanhou, torceu… Nada mais justo do que vir aqui para agradecer todo esse carinho. Queria muito estar jogando aqui, não precisar ir embora. Só espero que com todos esses títulos, a gente consiga trazer empresas para patrocinar o vôlei brasileiro para a gente voltar para a nossa terra?, disse Giba, o melhor jogador do Campeonato Mundial, que atua no Cuneo, da Itália.
Dante, que joga no Panathinaikos, da Grécia, foi recebidos pelos pais, Roberto e Emiliana, o irmão, Bruno, a mulher, Sibele, e a filha Giovanna, de três anos. ?Fizemos nossa parte e acho que era justo vir ao Brasil comemorar e agradecer a todos que torceram por nós. Foi uma surpresa ver tanta gente na rua, não esperávamos que fosse tudo isso. Parar a Avenida Paulista não é algo muito comum de se ver?, disse o jogador.
A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) anunciou um prêmio especial pela conquista do título. Vai dividir R$ 2 milhões para o grupo de 18 pessoas, entre jogadores e comissão técnica, que defendeu o Brasil no Mundial do Japão.
Planos para 2007
Os jogadores admitiram que dificilmente jogarão todas as competições no próximo ano e que deve haver um rodízio na seleção. Serão cinco torneios: Liga Mundial, Pan do Rio, Copa América, Sul-Americano e Copa do Mundo
?Vamos nos reunir ano que vem, mas acho que será bom ter o pessoal mais novo ganhando experiência em algumas competições. Não sabemos o que vamos priorizar, mas o Pan é o único título que a ?Era Bernardinho? ainda não conquistou?, afirmou Dante.