O jornal alemão Welt Am Sonntag revela que o novo presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino, pode ser suspenso diante de investigações sobre sua ordem de mandar os funcionários apagarem e-mails. Se indícios forem encontrados, ele poderia ser afastado por 90 dias, enquanto seu julgamento ocorre. O suíço, que assumiu a Fifa no final de fevereiro com uma bandeira de reformar a entidade, já vem acumulando polêmicas.

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A notícia não foi confirmada pela Fifa, que, até o momento, não se pronunciou. Infantino teria pedido que seus funcionários apagassem todos os e-mails na preparação do Congresso da Fifa, em maio, no México. Numa das cartas, do dia 23 de maio, o chefe do departamento jurídico, Marco Villiger, teria recebido a ordem e os e-mails teriam sido destruídos.

Essa não é a primeira polêmica envolvendo Infantino. Em maio, ele decidiu abolir parte da independências dos comitês de investigação da entidade, o que resultou na renúncia de Domenico Scala, o auditor da Fifa, que advogava por uma ampla reforma.

À reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, uma fonte de alto escalão em Zurique confirmou que Scala havia oferecido um pagamento de US$ 2 milhões por ano para Infantino como salário. O novo presidente da Fifa teria se sentido “ofendido” pelo valor relativamente mais baixo que o de Joseph Blatter e manobrou o fim da independência das investigações.

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Segundo o jornal alemão, a gestão de Infantino tem sido alvo de críticas. Uma delas tem sido o uso do jato privado da Fifa para locais como Moscou e Catar, com fácil conexão em voos de linha a partir de Zurique.

Infantino ainda tem sido atacado pela escolha de Fatma Samoura como secretária-geral da entidade, sem passar pelas verificações do grupo de auditoria. Ele também não teria consultado os demais órgãos da Fifa.

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O suíço ainda enfrenta um pedido de explicações pelo gasto de US$ 1 mil para a compra de terno e o recebimento de presentes da Adidas. Scala, ao deixar seu cargo, apresentou uma série de irregularidades ao Comitê de Ética da entidade.