A Copa do Mundo no Brasil deve encerrar o ciclo dourado da geração mais vitoriosa da história do futebol da Espanha. O técnico Vicente Del Bosque convocou 16 campeões de 2010 e o Mundial que começa nesta quinta-feira deve ser o último de Xavi, Xabi Alonso, David Villa, Casillas e Fernando Torres, todos com mais de 30 anos. Eles dão passagem a atletas mais jovens como David de Gea, Azpilicueta, Koke e Diego Costa.
Até Del Bosque deve participar no Brasil da sua última Copa. Aos 63 anos, o treinador tem contrato até o fim da Eurocopa de 2016, que será realizada na França, e já conduz o processo de renovação da equipe.
A trajetória de conquistas da Espanha começou na Eurocopa de 2008 e daquele grupo que encerrou um jejum da seleção de 44 anos sem títulos importantes, 12 jogadores disputarão o Mundial no Brasil. A espinha dorsal da equipe é a mesma de seis anos atrás, formada por Casillas, Xabi Alonso, Iniesta e Xavi. O quarteto é chamado na Espanha de “Velha Guarda” e já dá sinais de cansaço.
Xavi, o mais velho, tem 34 anos e é motivo de preocupação entre os espanhóis. O meia do Barcelona teve uma temporada complicada por causa de seguidos problemas musculares e seu estado físico para a Copa coloca a comissão técnica em estado de alerta.
Assim, o novato Koke surge como o seu substituto natural. O jogador de 22 anos fez ótima temporada pelo Atlético de Madrid e foi um dos destaques da equipe campeã espanhola e vice da Liga dos Campeões da Europa.
Após trilhar caminho nas seleções de base (foi vice-campeão europeu sub-17 e sub-19 e campeão sub-21), agora está sendo preparado para fazer sucesso no time principal. E seus professores são justamente Xavi e Iniesta. “Cada dia estou aprendendo mais e eles ainda têm muitas coisas para ensinar, principalmente a rapidez que têm para pensar e ver as jogadas antes do passe. São jogadores que jogam com extrema facilidade”, disse Koke, nesta quarta, no CT do Caju, em Curitiba.
Valorizado no mercado internacional, Koke está na mira de vários clubes, inclusive o Barcelona, que pretende se antecipar à iminente aposentadoria de Xavi e estaria disposto a pagar ao Atlético a multa rescisória do meia, estipulada em 60 milhões de euros (cerca de R$ 183 milhões).