Um assunto que causou certa polêmica foi a declaração dada pelo presidente do Náutico, Maurício Cardoso, insinuando a existência de um possível acordo entre Atlético e Vitória para favorecer o clube paranaense nesta reta final de Brasileirão.
O presidente pernambucano baseou suas suspeitas em virtude do bom relacionamento existente entre o Furacão e o Leão da Bahia, que inclusive conta com alguns jogadores emprestados da equipe curitibana. Também contribuiu para “a suspeita” o fato ocorrido na última rodada, quando jogadores e diretoria do clube baiano reclamaram do tratamento recebido no Estádio dos Aflitos pela PM pernambucana e que teve como foco principal o goleiro Viáfara, que está emprestado ao Vitória pelo Atlético.
À imprensa de Recife, Cardoso falou sobre a confusão no Aflitos e a possibilidade de algum conchavo entre os clubes rubro-negros. “Causou muita estranheza o comportamento dos jogadores (do Vitória) em campo. Tive informação que o goleiro Viáfara pertence ao Atlético Paranaense e foi liberado para o jogo no dia 16 de novembro, pois tinha uma cláusula que impedia isso no contrato”, disse.
Outro lado
Na entrevista coletiva do Atlético, o técnico Geninho falou sobre a possibilidade de já ter três pontos garantidos contra o Vitória, no próximo jogo na Arena. “Isso não existe. Por melhor que seja o relacionamento entre as equipes, não tem essa. Na hora do ‘vamos ver’, o jogador coloca o seu lado profissional, pois tem o seu nome e a sua honra em jogo. Muito provavelmente o que está acontecendo é que outras equipes interessadas no jogo façam o que se chama de “suborno branco” – um incentivo a mais engrossando o bicho daqueles que vão jogar. Então espero muita dificuldade, pois muita gente vai estar engrossando o bicho do Vitória, inclusive o Náutico”, analisou o comandante atleticano.
Ainda sobre o suposto uso da “mala branca” por outros clubes, num assunto que foi levantado nesta semana pelo presidente Manuel da Lupa, da Portuguesa; Geninho também expressou a sua opinião.
“Quem fala que (suborno branco) não existe é um grande mentiroso. Eu acho que não é anti-ético. Cada um tem que procurar ver o seu melhor. E se você está dando um incentivo ao adversário para ele fazer o que já está predisposto a fazer, não vejo problema nenhum. Seria muito errado, antiético e venal oferecer dinheiro para entregar ou perder o jogo. Acho que qualquer jogador é pago para ganhar o jogo. E ele entra para ganhar pois já tem um prêmio da sua equipe. Se esse prêmio for aumentado por equipes interessadas para que ele faça o que já iria fazer, da minha parte, não vejo nada de errado. Acho errado o corpo mole, o vamos correr menos. Isso sim não é apenas anti-ético, tem vários outros nomes”, concluiu.