te31161104.jpgO Atlético deve muito ao técnico Geninho. E vice-versa. Foi sob o comando do treinador que o time conquistou o primeiro título brasileiro, em 2001. Com a "estrelinha dourada" no currículo, Geninho ganhou reconhecimento nacional e partiu para novos horizontes. Em função da gratidão, clube e treinador mantêm uma ótima relação. Todas as vezes que Geninho veio a Curitiba, comandando o adversário, recebeu o carinho da torcida. Em entrevista ao Paraná-Online, ele fala das semelhanças e diferenças entre o time comandado por ele e por Levir Culpi e deixa claro que o Furacão tem tudo para conquistar o bi.

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Paraná-Online – Você vê muita semelhança entre o time que foi campeão em 2001, sob o seu comando, e o atual?

Geninho – Certamente. Além do esquema tático característico ser o mesmo, o 3-5-2, o Atlético de hoje tem a mesma velocidade do time que foi campeão. É uma equipe mortal nos contra-ataques. O Levir também tem um centroavante fixo (Washington) e nós tínhamos o Kléber, também em ótima fase.

Paraná-Online – E o que há de diferente?

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Geninho – Quando o Dagoberto estava jogando, poderia dizer que ele é mais veloz do que o Alex Mineiro, que acho mais técnico. Agora, o grande diferencial é que nosso time tinha um líbero excepcional, o Nem. Ele é o jogador brasileiro que melhor faz essa função e está arrebentando lá no Sporting Braga. Além de perfeito taticamente, ele ainda era um líder. No atual time, não há um jogador assim. Também tive a sorte de contar com jogadores em fase excepcional, como Adriano e o Kléberson.

Paraná-Online – Outra semelhança é o estilo "mineirinho" que o time vem chegando, sem favoritismo?

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Geninho – Isso é verdade. Naquele ano, ainda éramos mais novidade, pois nunca havíamos sido campeões brasileiros. Este ano, talvez pela campanha do ano passado, o Atlético não era cotado na bolsa de apostas. Sem a pressão do favoritismo, foi chegando e hoje está no topo, com tudo para conquistar o bicampeonato.

Paraná-Online – Qual o time que pode ameaçar o título?

Geninho – O Santos tem uma boa equipe, mas toda essa história do seqüestro da mãe do Robinho, que deixou o grande destaque da equipe abalado, pode prejudicar. Dos times que estão rondando a liderança, acredito que o Palmeiras, pelo conjunto, é o mais perigoso. Entretanto, se o Atlético fizer a parte dele, certamente será bicampeão.

Paraná-Online – Como ex-treinador do Atlético e campeão brasileiro com o clube, você está torcendo pelo bi?

Geninho – Tenho um carinho especial pelo Atlético, clube no qual tive minha maior conquista da minha carreira. Também já comandei o Santos, onde tenho muitos amigos (desde que saiu do comando do Vasco, Geninho voltou a morar em Santos). É complicado escolher entre um time sendo profissional. Mas acredito que o Atlético tem a faca e o queijo na mão para ser novamente campeão. E se não tivesse tropeçado em dois jogos seguidos, o destino já estaria traçado.