Retorno

Geninho afirma que é hora de passar tranquilidade

Depois de mais de seis anos afastado do Atlético, Geninho retornou ao CT do Caju como o novo comandante do time. Sempre bem-humorado e descontraído, o treinador conheceu na manhã de ontem as instalações do remodelado centro de treinamento e depois concedeu sua primeira entrevista coletiva. Explicou que não poderia se furtar de retornar ao clube numa situação tão difícil e que acredita no sucesso do trabalho de todos para a recuperação do Rubro-Negro.

“Sempre disse que minha volta iria acontecer um dia. É claro que gostaria de voltar numa situação melhor, mais confortável. Mas nesse momento, o Atlético precisou de mim e eu estava folgado. Não havia nada que me impedisse de aceitar o desafio. Se eu não aceitasse, poderia ser chamado de covarde. Muitos poderiam dizer que na hora que o Atlético precisou do Geninho, ele correu. Que só quer vir na boa. Então encarei o desafio”, relatou.

Idolatrado pelo torcedor, Geninho é a esperança de toda a nação rubro-negra
para tirar o time do atoleiro que se encontra no Brasileirão. A equipe está na zona de rebaixamento e tem 14 rodadas para se livrar do fantasma da Segundona. Será uma tarefa difícil e o próprio treinador adiantou que, caso consiga livrar o clube do descenso, comemorará como a conquista de um título. Também destacou que para vencer a difícil empreitada será necessária a união e força dos setores que compõem o Furacão.

“O Geninho, sozinho, não vai fazer nada. Comissão técnica, diretoria, jogadores e todos que gostam do Atlético têm que colaborar. A torcida tem que jogar junto. Ela é um aliado muito grande. Temos que voltar a transformar a Arena num caldeirão. Somente a união de forças é que poderá tirar o Atlético dessa situação”, afirmou.

O novo comandante acredita que o Rubro-Negro terá que ter um aproveitamento de 58% dos pontos disputados nos próximos jogos para se afastar do rebaixamento. E ressaltou que esse índice é o mesmo que os primeiros colocados devem ter para brigar por vagas à Libertadores.

“Não é fácil conseguir isso. A história mostra que com a proximidade do final do campeonato, os jogos ficam mais difíceis. Quem está na frente não quer sair de lá e quem está atrás busca sair de qualquer jeito”, analisou.

Momento é de passar calma, diz professor

Sobre o elenco de jogadores, Geninho comentou que encontrou um grupo pressionado e sentindo essa pressão.

E explicou que agora é hora de tranqüilizar e motivar esse grupo. “Tem que fazer eles acreditarem no que podem fazer”, ensinou. Quanto a contratações, o treinador disse que prefere conhecer melhor o elenco, mas adiantou que nesse momento é difícil conseguir bons atletas e disponíveis no campeonato nacional. “Reforços, mesmo que sejam necessários, não está fácil de contratar.

A janela internacional encerrou e no nosso mercado nacional não há disponibilidade de bons jogadores. O bom jogador está jogando”, afirmou.

Planejamento

Geninho terá pela frente uma semana para deixar o time mais competitivo. Segundo o treinador, nesse curto período, o primordial é melhorar o condicionamento físico dos jogadores e só depois vem o trabalho com bola. “No contato com o Moraci ele me passou preocupação com o condicionamento do grupo.

Então o Atlético está fazendo uma intertemporada, no momento em que deveria estar fazendo a manutenção. Por isso faremos um trabalho de recondicionamento para que possamos nos igualar aos adversários. Devo começar a trabalhar com bola na 3.ª-feira. O período é escasso, mas vou tentar encaixar a equipe do jeito que acho que o time pode render mais.

O primeiro objetivo é a vitória contra a Portuguesa. Se vencer, ganha mais uma semana para trabalhar com resultado positivo e ,daí as coisas começam a acontecer”, finalizou

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