Rio – O volante Carlos Alberto, do Figueirense, foi suspenso por um ano do futebol, por ter adulterado sua idade – a reduziu em cinco anos -, em julgamento, ontem, na 2.ª Comissão Disciplinar do STJD. A decisão foi em primeira instância e o jogador ainda pode recorrer da pena.
Carlos Alberto não compareceu ao tribunal.
O advogado de defesa Mário Bitencourt explicou que a ausência do volante ocorreu porque o atleta estaria se sentindo ?acuado? por estar sob ?os holofotes?. Em seguida, também alegou haver o desejo de poupar o lado emocional e psicológico do jogador.
Apesar da ausência do meia, a promotoria do tribunal apresentou em fita de vídeo uma entrevista onde ele admitiu a culpa por adulterar sua data de nascimento de 1978 para 1983. Aos prantos, disse estar arrependido e justificou o erro alegando a necessidade de ajudar a família. O volante ainda inocentou o Figueirense de participação no episódio e frisou que o clube catarinense nada sabia sobre sua situação irregular.
O advogado de defesa tentou absolver o jogador apelando para o lado emocional dos julgadores.
?A conduta equivocada se deu em razão do desespero na sua vida pessoal?, afirmou. Em seguida, Bitencourt lembrou que o jogador é ?negro, pobre e só tinha a mãe, a quem queria ajudar desesperadamente?.
Apesar da condenação por um ano de suspensão, a pena de Carlos Alberto poderia ter chegado à máxima de dois anos, já que foi denunciado por falsificar e se beneficiar de documentos falsos, certidão de nascimento, carteira de identidade e passaporte. Terminou considerado culpado apenas por se beneficiar das adulterações, já que ainda não ficou comprovado sua participação na falsificação.
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