Londres – O tempo do norte-americano Justin Gatlin nos 100 metros rasos, de 9s76, anunciado como novo recorde mundial, foi corrigido pela Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) para 9s77, o que iguala a marca anterior do jamaicano Asafa Powell. A IAAF informou ontem que houve um erro na leitura do resultado pela Tissot Timing, a empresa responsável pela cronometragem no Super Grand Prix de Doha, Catar. Os dois homens mais rápidos do mundo vão se encontrar num duelo em Gateshead, Inglaterra, no dia 11 de junho.
Ao ganhar a corrida, Gatlin correu os 100m em 9.766 segundos, que foi anunciado como o novo recorde mundial: 9s76. De acordo com as regras da IAAF, essa marca deveria ter sido lida como 9s77. O tempo de Gatlin, agora ratificado, iguala a marca anterior feita por Asafa Powell em 14 de junho de 2005. "Isso me motiva a correr sempre mais rápido", disse Gatlin, após treino em Durham, na Carolina do Norte. "Eu estava aborrecido mas a raiva foi transformada em motivação. Eu quero ser o primeiro homem a correr 9s7 duas vezes. Quando quebrei o recorde mundial meu plano era derrubar a marca novamente. Nada mudou."
A IAAF informou que o erro foi descoberto a tempo dentro do processo de confirmação do recorde. "O recorde não é confirmado por várias razões. O problema aqui foi um erro, mas é melhor admiti-lo," disse o porta-voz da IAAF, Nick Davies. "É claro que ficamos frustrados por Justin Gatlin, mas ele tem talento suficiente para quebrar novamente."
Campeão olímpico e mundial, Gatlin mostrou que poderia quebrar o recorde ao correr 9s95 em sua primeira prova da temporada ao ar livre, em Osaka. Depois correu 9s85 nas semifinais dos 100m em Doha.
O agente de Gatlin, Renaldo Nehemiah, disse que enviou um e-mail para a IAAF requisitando que o recorde mundial de Asafa Powell nos 100m rasos também seja revisto. "O tempo de Asafa na Grécia foi inicialmente 9s78 e depois eles mudaram para 9s77. Eu quero assegurar que os mesmos critérios sejam atribuídos aos tempos dos dois corredores."
