Gatlin dá show em Lausanne e vence com 9s75; Mo Farah volta com vitória

Justin Gatlin voltou a mostrar, nesta quinta-feira, que é o homem a ser batido no Mundial de Pequim, em agosto. Em Lausanne (Suíça), numa competição que contou com todos os melhores do mundo nos 100 metros (exceto Usain Bolt), o norte-americano sobrou e venceu com 9s75. O meeting valeu como etapa da Diamond League, mas esta prova, especificamente, não.

A marca de Gatlin nesta quinta-feira é a segunda melhor da temporada, ficando apenas atrás dos 9s74 que o próprio norte-americano fez em Doha (Catar), em maio. Segundo do ranking, o jamaicano Asafa Powell também foi segundo em Lausanne, com 9s92. Tyson Gay chegou em terceiro, com a mesma marca. Michael Rodgers (EUA) e Keston Bledman (Trinidad & Tobago) completaram em 10s03.

Outra prova muito esperada em Lausanne era os 5.000 metros para homens. Afinal, seria a volta do britânico Mo Farah, que desistiu de correr em Birmingham (Inglaterra), depois que seu treinador, Alberto Salazar, foi acusado de comandar um esquema de doping nos Estados Unidos.

Campeão olímpico, Mo Farah fez uma chegada equilibrada com Yomif Kejelcha, da Etiópia, e venceu com 13min11s77, passando o rival apenas na reta de chegada. Dois quenianos e dois etíopes completaram na sequência.

MELHOR PROVA DE TODOS OS TEMPOS – O grande resultado de Lausanne, entretanto, veio no salto triplo. E não foi com o cubano Pedro Pablo Pichardo, grande sensação da temporada do atletismo. Campeão olímpico, o norte-americano Christian Taylor deu show e venceu com 18,06m, superando inclusive Pichardo, que passou também incríveis 17,99m.

Para se ter uma ideia do feito, Taylor bateu seu recorde pessoal e igualou o recorde da Diamond League. O norte-americano chegou ao quarto lugar do ranking de todos os tempos da prova. O salto desta quinta-feira também é o quarto melhor da história.

Antes de saltar 18,06m, ele havia alcançado 18,02m na sua quinta tentativa. Isso significa que Lausanne viu, nesta quinta-feira, três dos 12 melhores saltos de todos os tempos. Só este ano foram feitas seis dessas marcas, incluindo um 18,08m e um 18,06m de Pichardo e um 18,04 de Taylor. Na história, só quatro atletas passaram de 18 metros. Além dos dois este ano, também o britânico Jonathan Edwards (18,29m, em 1995) e o americano Kenny Harrison (18,09m para ganhar o ouro olímpico em 1996).

BRASIL – Dono de três dos nove melhores saltos da temporada, Thiago Braz quebrou sua sequência de grandes resultados. Atrapalhado por um vento forte, passou o sarrafo apenas a 5,61m e terminou em sexto no salto com vara. A vitória ficou com o polonês Pawel Wojciechowski, que passou 5,84m.

O francês Renaud Lavillenie, melhor do mundo e líder do ranking mundial, falhou nas três tentativas de 5,92m e acabou apenas em terceiro, com 5,76m. Entre eles, o alemão Raphael Holzdeppe, também com 5,76m.

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