Um incêndio por vez. Agora a bronca envolve os garotos Elvis e Vinícius. Fora dos planos do técnico Marcelo Oliveira para os próximos jogos do Paraná Clube na Série B, eles se recusaram a treinar e jogar pela equipe de juniores.

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A diretoria considerou o fato mais um ato de indisciplina dos “bad boys”, mas o advogado dos atletas denuncia uma suposta coação, pois ambos ingressaram com ações trabalhistas contra o clube.

“Estão tentando fazer com que eles retirem as ações”, disparou o advogado Augusto Mafuz. A decisão da diretoria de fazer com que Elvis e Vinícius voltassem para a base gerou uma reação judicial. “Recebemos uma notificação extra-oficial, alegando que os jogadores não poderiam ser reintegrados à equipe de juniores”, confirmou o advogado do Paraná Clube, Alessandro Kishino. Este não vê retaliação alguma no processo. “Como poderia, se sequer fomos citados a respeito destas ações trabalhistas?”.

Na versão da diretoria tricolor, Elvis e Vinícius têm no “currículo” uma série de deslizes extra-campo, incluindo atrasos aos treinos e denúncias anônimas sobre a presença dos jogadores na noite curitibana.

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“Não queremos polêmica. A situação é simples: eles não estavam nos planos da comissão técnica para os próximos jogos, têm idade de juniores e devem cumprir as determinações”, disse o diretor de futebol Guto de Melo. “Não vamos aceitar insubordinação de ninguém”.

Os dois jogadores deveriam treinar ontem pela manhã no Ninho da Gralha. Eles seriam utilizados pelo técnico Ednelson no jogo de amanhã, em Ubiratã, frente ao Tigrão, pelo estadual de juniores.

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“É um absurdo. Os jogadores estão há mais de um ano no time principal. É uma forma de pressão”, alega Augusto Mafuz. Já a diretoria tricolor manteve a posição. “Eles têm que treinar nos juniores nesta sexta (hoje). São atletas do clube e devem cumprir ordens”, afirmou Guto de Melo. “Eles não estão sendo reintegrados aos juniores. É uma situação momentânea, já que não serão utilizados agora pelo Marcelo Oliveira”.

No início do ano, Vinícius já tentara o fim de seu vínculo com o Paraná, alegando atrasos salariais. A ação não avançou, mas agora foi retomada. Já Elvis ingressou com a reclamatória recentemente, após retornar de um período no Botafogo. No Rio de Janeiro, ficou relegado ao time sub-20 e só teria chance no grupo principal no ano que vem.

“Há uma mora contumaz”, garante Mafuz. O clube garante que os momentos de dificuldade foram superados e que hoje mantém os salários “praticamente” em dia.