O tempo passou e Éverton perdeu a timidez. Até mesmo a gagueira já está sob controle. Reflexo da ascensão do garoto, hoje maior referência do Paraná Clube. Aos 19 anos, garante que a pressão pelo momento de instabilidade do Paraná não o afeta. ?Quero jogar bola. Então, me concentro sempre para fazer o melhor e assim vou conquistando meu espaço?, afirmou, acreditando numa guinada do clube na Série B.
?Temos um elenco de qualidade. As coisas não estavam dando certo, mas agora a equipe começa a se encaixar?, comentou. Veloz e dono de um drible muito eficaz, Éverton desperta a cobiça de clubes e empresários. Internacional e Santos já sondaram a possibilidade de contar com o atleta, mas o presidente Aurival Correia garantiu que uma transação só seria aberta caso os valores fossem irrecusáveis. ?Hoje, o maior ganho que podemos ter com o Éverton é técnico, dentro de campo?, ponderou o dirigente.
O eventual assédio não incomoda o garoto, que prefere nem falar sobre essas especulações. ?Tenho pessoas que resolvem isso pra mim. Por isso, me preocupo com os treinos e jogos. Hoje, o que mais quero é levar o Paraná de volta à primeira divisão?, disse o jogador. A vitrine acarreta numa maior cobrança também fora de campo. Éverton reconhece que o momento ruim do Paraná faz com que os atletas não tenham tempo para a vida pessoal. ?Aonde você vai sempre tem alguém para cobrar. O jeito é ficar em casa. Mas, isso muda, com uma seqüência de vitórias?, disse o meia.
Para Éverton, a experiência como ala, como era utilizado por Bonamigo, fez com que seu futebol amadurecesse. Agora, quer brilhar mesmo na sua real posição, no meio-de-campo. ?Assim, estou mais próximo da área. Só que precisamos fazer gols e essa maré vai mudar a partir dessa rodada?, arrematou Éverton, confiante.