Após mais uma derrota no Campeonato Brasileiro, completando 10 rodadas sem uma vitória na competição, o Palmeiras se afunda ainda mais na zona de rebaixamento e a pressão em cima do trabalho do técnico Ricardo Gareca aumenta. Entretanto, o argentino assegurou nesta quarta-feira que não vai abandonar o barco e que só deixa a equipe se a diretoria quiser.
“Eu não vou sair. Tem que ser uma decisão da diretoria. Eu vou trabalhar normalmente, pois penso que com o tempo vamos reverter a situação. Não quero abandonar. Se eu saio de algum lugar, quero abandonar bem. Os resultados não são bons, mas eu quero ficar aqui até o final. Mas isso também precisa ser uma decisão da diretoria”, avisou o treinador.
Ricardo Gareca admite que chegou a repensar o seu futuro na equipe, mas optou pela permanência. “Em um momento, cheguei a pensar o que era melhor e eu vi que o melhor era que eu ficasse junto com o time. Não quero passar no Brasil só por isso. Se depender da minha vontade, fico, pois acho que ainda posso levantar a equipe. Nessa situação toda, temos que pensar no Palmeiras”.
A diretoria do Palmeiras não cogita, por enquanto, a saída do treinador. Pelo contrário. Existia o temor que ele pedisse demissão, mas a decisão de ficar na equipe agrada os dirigentes, que estão vendo tudo acontecer e não têm feito nada para mudar. Nesta quarta, o diretor executivo José Carlos Brunoro acompanhou o time no Recife, mas, como tem acontecido, não quis dar entrevista.
O grande desafio de Ricardo Gareca e da diretoria nos próximos dias é conseguir encontrar algo que faça o time voltar a ter o tal “sangue na veia”, tão falado pelo presidente Paulo Nobre. A análise é que a equipe tem se abatido muito facilmente e não consegue mostrar determinação para reverter situações desfavoráveis.
Em relação ao jogo, Ricardo Gareca acredita que não o time regrediu na evolução em comparação aos últimos jogos. “Estávamos melhorando de partida em partida, mas hoje (quarta) retrocedemos. Estar assim é bastante complicado e esse é o momento de aparecer todo mundo. A gente, da comissão, jogadores e todo mundo. Temos que nos unir”, pediu.