Se conseguir vencer nesta terça-feira a Inglaterra, às 13 horas, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, a seleção da Costa Rica terá alcançado um feito inédito em Copas do Mundo. Jamais um azarão tão evidente terá conseguido superar na primeira fase três campeões mundiais, com dois deles voltando já para casa. Na teoria, é o jogo mais fácil para os costarriquenhos, que enfrentarão uma equipe eliminada, sem nada mais a disputar. Mas teoria é coisa que tem passado longe do Grupo D, que também reúne Itália e Uruguai.

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A maior surpresa da Copa enfrenta a Inglaterra com duas modificações em relação aos dois primeiros jogos. O treinador José Luis Pinto anunciou a escalação do zagueiro Roy Miller, mas não disse quem sai. Também não revelou qual será a segunda substituição, possivelmente um jogador do meio para a frente. Serão trocas motivadas pela necessidade de dar descanso a jogadores mais fatigados, disse o técnico, para quem não há dúvidas em relação a quem é favorito: a Inglaterra, de péssima campanha com duas derrotas em dois jogos.

“A Inglaterra tem jogadores internacionais, tem história, camisa. Nós estamos aqui na briga, na luta. Não tenho dúvidas de que eles são favoritos. Vamos competir com tudo, mas favoritos não somos”, afirmou o técnico, colombiano de 61 anos, que diz torcer pelo Corinthians por ter, nos anos 70, morado em São Paulo, onde estudou na USP.

O treinador da Inglaterra, Roy Hodgson, anunciou que fará nove modificações na equipe em relação aos primeiros dois jogos, dando chance a novatos reservas, como os meias Ross Barkley, de 20 anos, e Jack Wilshire, de 22, e a veteranos, como o meia Frank Lampard, de 36.

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“Quero que o maior número possível de jogadores possa participar. Eles precisam levar muito a sério e tentar ganhar essa partida. Nosso interesse amanhã (terça) é vencer o jogo para a Inglaterra. Eles vão mostrar que não são apenas jogadores com potencial, mas com capacidade para vestir a camisa da Inglaterra”, observou o técnico.

Contra todos os prognósticos, a Costa Rica mostrou-se até agora a melhor seleção do grupo, com a revelação de pelo menos dois jogadores de ótimo nível, o atacante Joel Campbell (que estava emprestado ao Olympiacos) e o meia ofensivo Bryan Ruiz (PSV Eindhoven, da Holanda), autor do gol da histórica vitória contra os italianos.

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Para o técnico, que deu entrevista antes do treino de reconhecimento no Mineirão, o time que comanda estava bem preparado para fazer uma campanha de sucesso nesta Copa. “A Costa Rica não tem segredos. Somos resultado de um trabalho de muito tempo. Buscamos perfeição, excelência. Esse é o nosso segredo. Estamos preparados nos aspectos físico, tático e mental”, afirmou Pinto.

Apesar das mudanças, o treinador deixou claro que faz questão da primeira colocação e que, para ele, tanto faz se enfrentará Colômbia, Japão, Grécia ou Costa do Marfim. Pinto disse que tem em vídeos muitas partidas disputadas pelas três seleções. Mas que os adversários também devem estar estudando a Costa Rica. “Será mais complicado (nas oitavas) porque os inimigos já nos conhecem, já nos viram. Isso é óbvio no futebol. Mas queremos ser os primeiros do grupo”, disse o técnico da Costa Rica.