Roger Federer passou quatro anos sem títulos de Grand Slam. Em 2017, ele já tem dois. E, no US Open, entra como favorito a obter o terceiro troféu de Major na mesma temporada. Para o tenista suíço, um feito como esse seria “surreal”, aos 36 anos.
“Eu tive dificuldades em pensar que poderia ganhar três Grand Slams no mesmo ano. Seria simplesmente surreal para mim”, disse o suíço, em entrevista à agência Associated Press. “Mas vou me preparar da melhor forma possível para realmente brilhar em Nova York”, afirmou.
Federer já venceu três Slams na mesma temporada. Mas foi quando era mais jovem, em 2004, 2006 e 2007. São mais de dez anos de diferença num período em que o suíço teve altos e baixos e problemas físicos. Nesta temporada, porém, ele levantou os troféus no Aberto da Austrália e em Wimbledon – ficou de fora de Roland Garros.
A série de 35 vitórias, cinco títulos e apenas três derrotas neste ano fazem o suíço se questionar se está na melhor forma da sua vida. “Eu não sei. É difícil de dizer. Mas acho que não importa tanto. Eu poderia esperar que sou um jogador melhor hoje por causa da maior experiência e por ter acumulado mais tempo de treino. Mas sou melhor? Eu gostaria que sim”, declarou.
Em Nova York, o suíço voltará a competir no US Open após ficar de fora do torneio no ano passado, que foi mais curto para o tenista. Federer desistiu da temporada após cair na semifinal de Wimbledon. Com dores nas costas, também sofreu lesão no joelho esquerdo, que exigiu uma cirurgia. Para tanto, ficou de fora da Olimpíada do Rio-2016, do US Open e do ATP Finals.
Os cinco meses longe das quadras trouxeram muitos benefícios para o recordista de títulos de Grand Slam. O retorno veio com título na Austrália e com a surpreendente sequência de vitórias no ano.
A estratégia de se poupar ao longo de quase metade da temporada deu tão certo que até rivais decidiram repeti-la. Foi o que fizeram o sérvio Novak Djokovic e o também suíço Stan Wawrinka. Lesionados, decidiram abreviar a temporada 2017 para voltarem mais fortes em 2018.