Coordenador das seleções de base do Brasil e técnico do time olímpico que vai aos Jogos do Rio, Alexandre Gallo defende que os jovens jogadores do País fiquem mais tempo à serviço da seleção nas categorias inferiores. Em entrevista ao site da Fifa, ele indicou que o caminho é aumentar o número de convocações feitas ano a ano.

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“Partimos de 13 ou 14 convocações e pulamos para uma média de 24 por ano, das quais cerca de dez são dedicadas à sub-15. Na seleção sub-15 que montamos, tínhamos 14 atletas que nunca tinham participado de um torneio internacional. Enquanto o Chile, para se ter uma ideia, fica com seus garotos reunidos de segunda a quarta-feira na seleção, e o restante da semana nos seus clubes. Eles ficam juntos na seleção já por 120 dias em um ano. E nós fomos com 27. Mas dá para trabalhar isso com o maior número de convocações”, argumentou Gallo.

O treinador lembrou que muitas vezes a seleção de base não pode contar com os jogadores por falta de liberação dos clubes. “A dificuldade que temos na liberação é na sub-20, mesmo, com atletas que já são profissionais. Temos visitado os clubes e conversado, para preparar nosso calendário.. Em alguns casos, precisamos entender, claro, pois já são figuras importantes”, admitiu.

Neste momento, por exemplo, a seleção sub-20 se prepara para disputar uma competição de base em Valência, na Espanha. Entre os convocados estão Gabriel, titular do ataque do Santos, e Matheus Biteco, que joga regularmente pelo Grêmio. O São Paulo perdeu o zagueiro Lucão e o meia Boschilia, enquanto o Inter está sem João Afonso.

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“Estamos formando nosso grupo sub-20 há 18 meses, por exemplo. E nesse trabalho temos a questão tática, a física, mas também o lado psicológico dos jogadores. Nesse sentido, vamos conversando com os clubes; com os treinadores com quem esses jogadores estão trabalhando. Temos de seguir com esse acompanhamento”, destacou Gallo.