Futuro do tênis passa a ser decidido pela Justiça brasileira

São Paulo – O futuro do tênis brasileiro está agora nas mãos da Justiça. O interventor da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Sérgio Opréa de Carvalho, determinou que as 25 federações filiadas terão direito a voto na assembléia eletiva marcada para amanhã, independente de estarem em débito com a entidade. Mas Nelson Nastás, que foi afastado da presidência no último dia 10, entrou ontem com um "agravo de instrumento" no Tribunal Regional de Brasília, ou seja, um pedido de liminar para que possa retomar o cargo. Se isso acontecer, a eleição provavelmente será adiada.

A decisão da Justiça é que vai determinar os rumos do tênis brasileiro. Afinal, se as 25 federações puderem votar, é possível que a oposição, representada pelo Movimento Tênis Brasil, com Jorge Larcerda Rosa como candidato a presidente, ganhe a eleição. O grupo diz contar com 16 dos 25 votos.

O advogado da oposição, Paulo Rogério Amoretty Souza, revelou estar monitorando o processo em Brasília. Se for concedida liminar em favor de Nastás, ele pretende reverter novamente a situação. A briga agora é nos bastidores judiciais.

Amoretty acredita na possibilidade de a liminar não ser concedida, pois o afastamento de Nastás da presidência da CBT foi baseado em não-prestação de contas, não-pagamento de tributos e questões trabalhistas, o que incidiu na suspensão da verba da Lei Piva.

O pedido de liminar de Nastás tem o número de processo 2004.01.058631-8. O juiz relator designado é a desembargadora federal Maria Isabel Galloti Rodrigues, que está em férias. Com isso, o processo foi para as mãos de um substituto.

A partir de hoje o clima promete esquentar em Brasília. A assembléia eletiva está marcada para amanhã no hotel Manhattan Plaza. As duas principais chapas dizem estar em condições de vencer. A oposição julga ter 16 votos e a situação, que tem José Farani como candidato a presidente, acredita ter 11, mas continua negociando com outras federações.

Nastás acompanha tudo em silêncio e estaria aguardando o resultado de seu pedido de liminar já em Brasília, hospedado na Academia de Tênis de Brasília, de propriedade de José Farani.

Guga

Afastado das quadras desde a cirurgia em setembro, Gustavo Kuerten perdeu mais um contrato de patrocínio. Desta vez foi com a Motorola, que decidiu não renovar seu compromisso com o tenista, assim como já tinha acontecido com o Guaraná Kuat e com a Olympikus.

Por outro lado, Guga renovou, por mais dois anos, seu acordo de licenciamento com a Ryder. E o patrocínio do Banco do Brasil vai até o final do próximo ano.

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