O ciclo vitorioso da Espanha acabou com a eliminação precoce, ainda na fase de grupos, da Copa do Mundo. Após terem sido goleados pela Holanda na estreia do Mundial e privados de qualquer esperança na competição com a derrota para o Chile, os espanhóis se deparam com o fim da melhor geração de jogadores da sua história e com mais uma dúvida: a permanência do técnico Vicente Del Bosque no comando da seleção.

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Vitorioso nas campanhas do Mundial de 2010 – uma conquista inédita – e no bicampeonato da Eurocopa de 2012, o treinador pareceu impotente diante dos desafios na Copa no Brasil, o que faz com que seu futuro no cargo comece a ser questionado. Ainda com um compromisso pela frente, cumprir tabela diante da Austrália na segunda-feira, Del Bosque não quis se continuará no comando da seleção após o término da competição.

Os jogadores da seleção, no entanto, saíram em defesa do treinador. Um dos líderes do grupo, o zagueiro Sérgio Ramos foi o primeiro a se pronunciar pela permanência de Del Bosque. “Nós, jogadores, não temos voto para decidir nada. Mas se Vicente quer seguir no comando da seleção, ele tem todo o nosso respeito”, afirmou. “Vivemos anos magníficos com ele, é um grande treinador. Seria uma alegria que seguisse conosco”, completou.

Apesar do apoio do jogador do Real Madrid, o destino de Del Bosque depende ainda da sua própria vontade e, principalmente, da cúpula da Federação Espanhola de Futebol. Após a eliminação, o treinador – que tem contrato até 2016 – se mostrou decepcionado com os resultados e evitou assuntos polêmicos como a renovação de elenco.

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“Não gostaria de entrar nessa análise (a renovação do grupo da seleção). Há muito tempo pela frente. É um momento de reflexão, e teremos tempo para fazer o que é melhor para a Espanha”, afirmou o técnico, logo depois da derrota para o Chile, quarta-feira, no Maracanã.

Del Bosque, hoje com 63 anos, assumiu a seleção da Espanha em 2008 e manteve o nível do seu antecessor Luis Aragonés, que acabara de conquistar a Eurocopa daquele ano na Áustria e na Suíça, título que não vinha desde 1964. Agora, depois de tanto sucesso, ele enfrenta seu primeiro grande fracasso no cargo. Resta saber qual será o resultado disso.

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