O futuro das obras da Arena da Baixada, que está sendo remodelada e ampliada para receber quatro jogos da Copa do Mundo deste ano pode ser definido hoje à noite, em uma reunião extraordinária convocada pelo Conselho Deliberativo, em um hotel na região central de Curitiba. Será colocada em votação a oneração real do estádio e se o Joaquim Américo poderá ser dado como garantia para o Atlético firmar o quarto contrato de financiamento com a Fomento Paraná no valor de R$ 65 milhões, que será fundamental para o clube terminar as obras a tempo do Mundial.
Com a última parcela de R$ 6,5 milhões referente ao financiamento obtido no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberada no início de março, o Atlético tem caixa para tocar as obras até o final o final desta semana. Assim, para que as obras não parem e o ritmo acelerado continue, os conselheiros precisam aprovar a proposta para colocar a Arena da Baixada como garantia para obter o quarto empréstimo. O montante dará fôlego financeiro ao clube para concluir o estádio até a metade de maio, quando a Fifa tomará posse do Joaquim Américo para a realização dos jogos do Mundial.
Também será colocado em pauta a proposta de extensão do mandato do Conselho Deliberativo e do Conselho Administrativo do Atlético por mais um ano. Se a maioria dos conselheiros votar a favor, a medida será votada em assembleia geral de sócios do Atlético. Entretanto, a justificativa dada pelo clube para esta proposição não foi convincente.
De acordo com o documento detalhado da pauta da reunião que a Tribuna teve acesso, a proposta de alteração do prazo de mandato dos Conselhos Deliberativo e Administrativo tem o objetivo de adequar o estatuto do clube com o novo texto da Lei Pelé, que diz que as entidades sem fins lucrativos componentes do Sistema Nacional do Desportos só poderão receber recursos da administração pública federal direta e indireta caso seu presidente tenha mandato de até quatro anos, permitida uma única recondução. Porém, de acordo com o estatuto vigente, o mandato é de três anos e isso não infringiria a nova regulamentação da Lei Pelé. Se aprovada, a eleição do clube, marcada para o final deste ano, será realizada no final de 2015, e o mandato da nova presidência ficará definido por quatro anos a partir da nova assembleia.