Os atrasos salariais, reclamação constante no futebol brasileiro, são problema também no Equador. Ali, jogadores de 17 dos 24 clubes da primeira divisão estão com salários atrasados, alguns desde março. Por isso, nesta segunda-feira, eles anunciaram a paralisação do Campeonato Equatoriano.
A greve é liderada por Edwin Tenorio, um dos maiores jogadores da história do país, que defendeu o Equador nas Copas do Mundo de 2002 e 2006. Vice-presidente da Associação dos Jogadores Profissionais, ele se encontrou nesta tarde com o ministro do Trabalho, Carlos Max Carrasco.
“O que está acontecendo é que não recebemos há quatro meses, não nos liberam o seguro social, nossas esposas não têm acesso ao seguro social, nossos filhos… Nos privam deste direito”, reclamou Tenorio ao ministro.
Ele critica a atuação da Federação Equatoriana, complacente. “A política da federação tem sido dar suporte a todos os clubes, admitindo coisas que não deveria permitir. Por isso é que a culpamos por tudo que estamos vivendo.” Pela lei local, os clubes devem apresentar o recibo de pagamento dos salários à federação, que caso não receba o documento a tempo pode sancionar os clubes inclusive com a perda de pontos e exclusão de campeonatos.
Por conta da greve, não vai acontecer a rodada desta quarta-feira do Campeonato Equatoriano. Os jogadores alegam que a greve foi o último recurso que encontraram. A federação convocou uma reunião de emergência com os atletas para terça-feira.