Segundo a Fundação, “o prêmio se concede à pessoa, grupo ou instituição que haja alcançado novos objetivos na luta da humanidade pela perfeição e que haja contribuído com seus esforços para a superação das fronteiras nacionais e para o avanço, prática, promoção ou difusão do esporte”.
O Brasil ganhou pelo “conjunto da obra”. É a única seleção a disputar todos os Mundiais de futebol, desde 1930. É também a única a vencer cinco vezes a competição, a última há três meses, na Coréia e no Japão. Além disso, nos três últimos Mundiais, ganhou os de 1994 e 2002 e foi vice em 1998.
O prêmio foi entregue em cerimônia realizada no Teatro Campoamor, em Oviedo, a Bellini, Carlos Alberto Torres e Dunga, capitães das seleções de 1958, 1970 e 1994, respectivamente. Zagallo representou Mauro, o capitão do bicampeonato, morto em setembro. Cafu, capitão do time campeão 2002, não foi liberado pelo Roma. Além do prêmio, cada um recebeu 50 mil euros, um diploma e um estandarte que identifica a fundação, e uma escultura de Juan Miró.
O príncipe Felipe de Borbón assegurou em seu discurso, que a Fundação pretendeu recompensar o futebol brasileiro que, segundo ele, “é um fenômeno que vai muito além do esportivo”. “O futebol no Brasil é um sentimento”, afirmou o herdeiro da coroa espanhola.
O Príncipe de Astúrias é dado pela segunda vez a uma equipe e não a um único atleta. Em 1997, venceu a equipe espanhola de maratona. Outros vencedores foram o ciclista Lance Armstrong, as tenistas Arantxa Sánchez e Steffi Graff, além de Carl Lewis e Javier Sottomayor.
OUTROS – O prêmio não se restringe apenas ao esporte. Neste ano, venceram Woody Allen (Artes), Hans Magnus Enzensberger (Comunicação), Arthur Miller (Letras), Anthony Giddens (Ciências Sociais), Daniel Barenboin e Edward Said (Concórdia), Comitê Científico para a Antártida (Cooperação) e Roberts, Kahn e Berners-Lee (Investigação).