O boxeador Tyson Fury abdicou nesta quarta-feira dos seus títulos do peso pesado da Organização Mundial de Boxe e da Associação Mundial de Boxe para se concentrar em seu tratamento e na recuperação contra o uso de drogas, além de lidar com outros problemas pessoais.

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Os responsáveis pela gestão da carreira de Fury divulgaram um comunicado confirmando da decisão. Ela vem na esteira da sua segunda desistência de uma revanche com Wladimir Klitschko após ser declarado “medicamente inapto” e da admissão do consumo de cocaína e álcool.

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“Eu sou incapaz de defender neste momento e tomei a difícil e emocionante decisão de agora deixar oficialmente vago meus estimados títulos mundiais. Desejo aos próximos desafiantes em sequência tudo de melhor enquanto entro em outro grande desafio na minha vida que sei, como contra Klitschko, eu vou vencer”, disse o pugilista britânico em um comunicado.

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“Eu sinto que é justo e certo e para o bem do boxe manter os títulos ativos e permitir que os outros desafiantes lutem pelos cinturões vagos que eu orgulhosamente ganhei e mantive como o campeão invicto dos pesados no mundo”, acrescentou;

Sua decisão de abdicar aos cinturões deixa as portas abertas para uma luta entre Klitschko e Anthony Joshua para unificar os títulos dos pesos pesados, com as negociações entre a dois lados já estando supostamente em andamento.

A empresa promotora da carreira de Fury, a Hennessy Sports, divulgou o comunicado confirmando a decisão do pugilista de abandonar os títulos “por respeito aos órgãos governantes, ao boxe e à divisão dos pesos pesados”.

O comunicado afirma que a decisão também permitirá a Fury ter “o tempo e espaço para se recuperar totalmente da sua condição presente sem qualquer pressão indevida e com a atenção médica especializada que ele requer”.

Em entrevista à revista Rolling Stone, Fury declarou consumir em excesso cocaína e álcool para lidar com sua depressão. “Eu tenho bebido de segunda a sexta-feira a domingo”, disse Fury. “Eu tenho utilizado medicamentos, cocaína, em muitas, muitas ocasiões nos últimos seis meses”.

Na entrevista, ele também descreveu-se como um “maníaco-depressivo” e acrescentou: “Eu só espero que alguém me mate antes de eu me matar”.