Ilan esteve meio apagado, mas fechou placar com golaço. |
O Furacão está de volta. Entrou em 2003 com o pé direito e já sapecou uma goleada por 4 a 1 no modesto time do União Bandeirante. Mesmo com uma equipe quase que totalmente remodelada, o Atlético mostrou um bom futebol e não teve trabalho para superar o adversário. A partida aconteceu sábado na Arena e marcou a estréia oficial do técnico Heriberto da Cunha no comando do Rubro-Negro. O próximo adversário será o Malutrom, quarta-feira, em local e horário a ser confirmado.
Com um clima ruim devido à garoa que caiu durante toda a partida, as duas equipes demoraram a esquentar. O gramado ficou muito liso e prejudicou a condução da bola pelos jogadores. Quem mais sofreu foram os goleiros, que tiveram que se desdobrar para segurar a nova bola da competição. Mesmo assim, os dois times saíram para o jogo e satisfizeram o pequeno público presente na Arena.
Favorito, o Atlético teve as melhores chances no primeiro tempo. O bom entrosamento entre Rodrigo e Jadílson proporcionaram grandes jogadas. Os dois arriscavam chutes a todo momento e o goleiro Márcio Eberton fazia o que podia para defender. Só não pôde segurar a cobrança de falta de Adriano, perfeitamente colocada no canto esquerdo do arqueiro do União.
Na segunda etapa, o técnico Heriberto da Cunha resolveu experimentar e trocou Rodrigo por William. Perdeu pegada na meia-cancha e abriu espaço para o adversário levar perigo ao gol de Cléber. Perdendo por um, o técnico Paquito mandou seus comandados para cima e a partida voltou a ficar equilibrada, após a inversão de posições entre Toni e Vandinho. As chances vinham de parte a parte, mas o gol do União parecia mais maduro.
Num rebote do goleiro Cléber, o lateral-esquerdo Preto aparou e lançou Toni na área, que tocou no contrapé do arqueiro atleticano. Estava empatada a partida e, ao contrário dos jogos-treino, reacendeu a torcida, que passou a incentivar o Furacão para ir para cima e vencer o confronto. Logo depois, Heriberto trocou o apagado Ivan e pôs Fabrício para fazer a função de ala.
Cinco minutos depois, o jogador pegou um rebote na entrada da área e desempatou o jogo. Com o placar favorável, o Atlético cresceu em campo, enquanto o União ia ao ataque esporadicamente. Paquito ainda tentou dar um novo gás ao colocar o meia Bezerra, mas a substituição não surtiu o efeito desejado, mantendo as rédeas do jogo nas mãos dos rubro-negros.
Já nos últimos momentos de partida, o incansável Adriano foi premiado com mais gol. Ele recebeu na área, se livrou da marcação e chutou no canto do goleiro Márcio Eberton. Um minuto depois, após boa jogada de Fabrício e Jadílson, a bola ficou com o atacante Ilan, que deixou um zagueiro caído no chão, antes de tocar para decretar o placar final.
Heriberto quer corrigir os erros
Apesar da vitória por 4 a 1 diante do União Bandeirante, o técnico Heriberto da Cunha quer usar a partida para tirar lições e corrigir os erros cometidos pelo time do Atlético. Falhas de posicionamento serão mais cobradas a partir dos treinamentos a partir de hoje. O treinador espera que na próxima rodada, contra o Malutrom, o desempenho de seus jogadores seja bem melhor.
“Teve momentos (contra o União) que a nossa equipe pecou muito, teve erros de posicionamento, principalmente a linha burra, que não poderíamos ter feito porque não foi treinado”, alertou Heriberto. O técnico também não gostou da participação do meia Rodrigo, que atuou apenas 45 minutos. “Faltou velocidade e uma pegada maior no meio-de-campo, porque eles estavam rodando a bola pelo meio e o Rodrigo estava caindo muito ao lado de Adriano”, explicou o motivo da alteração do atleta por William.
“Pedi que o William trabalhasse sempre ao oposto do Adriano para que tivéssemos uma distribuição melhor dentro de campo”, apontou. Mesmo assim, o treinador gostou da partida e parte agora para corrigir o que não deu certo na estréia. “Isso tudo (os erros) foi bom ter acontecido, porque agora você trabalha em cima”, emendou.
Apesar de começar a trabalhar para corrigir os erros, o técnico rubro-negro voltou a deixar claro que o time precisa de jogadores mais experientes já. “Essa equipe tem jogadores jovens, que precisam de apoio de quem já tenha participado de mais competições”, destacou. Para Heriberto, o risco de se jogar apenas com atletas jovens é que as cobranças podem prejudicar a atuação desses jogadores. “Se hoje nós formos crucificar esses jogadores é óbvio que eles não vão render tudo o que eles podem. O Atlético vem de uma evolução muito grande, só cresceu nos últimos cinco anos e chegou o momento da reformulação. Requer paciência, tranqüilidade e apoio aos atletas mais jovens”, finalizou.