Uma determinação para entrega de 40 ingressos gratuitos a cada jogo na Arena causou atrito entre o Atlético e a Federação Paranaense de Futebol. A “ordem” para remessa das entradas até 72 horas antes de cada partida veio através do Ato da Presidência n.º 25/09, enviado na quinta-feira pela FPF ao Furacão.

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A FPF fundamenta o pedido no artigo 85 do novo Estatuto da entidade (“Além das carteiras permanentes que expedir, a FEDERAÇÃO pode utilizar e requisitar gratuitamente o número de ingressos que entender necessário, inclusive de camarotes ou equivalente, para distribuição a convidados e promoções”).

O Atlético, porém, argumenta que o pedido fere o artigo 84 do Regulamento Geral de Competições da CBF, que obriga os clubes a fornecerem um máximo de três ingressos aos dirigentes da federação local nas competições organizadas pela entidade nacional, como o Brasileirão e a Copa do Brasil.

O Rubro-Negro lembra ainda que já vendeu todas as cadeiras da Arena a sócios – ou seja, para cumprir a exigência da FPF, o clube teria que desalojar aqueles que pagaram pelo direito. Nem mesmo os funcionários do clube têm acesso às partidas se não comprarem o pacote.

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Em nota oficial, o Furacão ainda cutucou a FPF, dizendo que a entidade deveria se preocupar mais em gerir corretamente suas próprias competições e proteger os times locais alusões diretas à falha de redação no regulamento do último Campeonato Paranaense e ao silêncio da FPF após os erros de arbitragem no jogo do Atlético com o São Paulo, pela 2.ª rodada do Brasileirão.

Mais tarde, a Federação respondeu com outra nota, alegando ter pedido apenas que o Atlético deixasse de exigir uma lista de credenciados e mandasse diretamente a cota de ingressos para a FPF, como fazem Coritiba e Paraná Clube.

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O Atlético confirma que em cada partida na Arena deixa entrar entre 10 e 15 pessoas credenciadas previamente pela FPF. A nota da FPF defende ainda que o Regulamento Geral de Competições (RGC) da CBF limita a distribuição de três ingressos apenas nas Tribunas de Honra.

O órgão comandado por Hélio Cury alega também que o mesmo RGC atribui às federações locais “a responsabilidade pelas ações administrativas e operacionais” ou seja, para a FPF, é ela quem manda em jogos realizados no Estado, mesmo se a competição for nacional.