Se preparando para receber jogos da Copa do Mundo de 2014, o Atlético não poderá atuar na Arena da Baixada a partir do ano que vem e fica até março de 2013 longe de seus domínios. Neste período de 15 meses longe do seu maior palco, o time brigará para voltar à Série A, vai disputar o Campeonato Paranaense do ano que vem e a Copa do Brasil. Uma situação que não é novidade e diante de tal cenário, os torcedores voltarão a reviver as campanhas que acompanharam do Furacão em 1997, 1998 e 1999, anos em que ficou afastado do caldeirão enquanto eram realizadas as obras que tornaram a Baixada em um dos estádios mais modernos da América.
Mas não há motivos para os atleticanos se preocuparem por ter de ver o time longe do caldeirão. Se o torcedor não tem boas lembranças do time longe de casa, como aconteceu no Brasileirão deste ano, quando joga em estádio emprestado por estar impossibilitado de usar a Baixada, o Atlético é imbatível.
Foram 71 jogos neste condição, com disputas pelo Brasileirão, Paranaense, Copa Paraná, Seletiva para Libertadores, Copa do Brasil e Copa Sul. E o aproveitamento geral foi de 74,6%, com 48 vitórias, 15 empates e apenas 8 derrotas.
Considerando apenas campeonatos paranaenses, o desempenho é ainda melhor. Foram 36 jogos, com 28 vitórias e 83,3% de aproveitamento. Teve ainda a estonteante média de 2,8 gols por jogo. Nos dois brasileiros longe da Baixada venceu 12 dos 24 jogos que disputou e fez 61,1% de aproveitamento.
Entre 1997 e 1999 o Atlético conquistou dois títulos: Paranaense e Copa Paraná em 1998, além de vencer a Seletiva para Copa Libertadores em 1999.
Independente de atuar na Vila Capanema, Pinheirão, Couto Pereira ou Vila Olímpica, o Furacão sempre foi o rei do pedaço como mandante. Chegou a ter 91% de aproveitamento, como em 1997 na disputa do Paranaense.
Jogar fora de casa, mesmo sendo mandante, nunca assustou ao time, que precisa mesmo é melhorar o rendimento quando é visitante nas partidas. Os altos índices de aproveitamento em seus domínios salvaram o time de amargar resultados ainda piores ao final das campanhas.
Bons exemplos foram os Brasileiros de 1997 e 1998, quando o time conseguiu um 12.º e 16.º lugares, respectivamente. Se tivesse repetido parte do desempenho em casa quando jogou fora, o Furacão teria chegado a postos mais altos. No Brasileirão de 1997, o Furacão fez 12 jogos divididos entre Vila Capanema e Pinheirão e perdeu apenas um. No ano seguinte, perdeu apenas três.
Nesse período de casa emprestada, o Atlético tem outra boa marca que levou a torcida ao êxtase. Em 71 jogos, conseguiu 17 goleadas. A maior delas em cima do Iraty, 7 x 2, no Paranaense de 1997. Ao todo foram 169 gols marcados e apenas 75 sofridos.
