Furacão encerra tabu de 10 anos contra o Avaí

Já se passava um minuto do acréscimo apontado pelo árbitro Paulo César Oliveira. Sem pensar no apito final, Maikon Leite acreditou em um chutão do goleiro Neto, avançou pela direita e tocou no canto do goleiro Renan.

Depois de 10 anos, quando o empate parecia ter sido decretado, o Atlético obteve em Florianópolis uma importante vitória sobre o Avaí. Com o 1 x 0 na Ressacada, o Rubro-Negro saltou para a 7.ª colocação e já visualiza a Libertadores.

Por ironia do destino, o coadjuvante que ajudou Maikon Leite nos três pontos conquistados pelo Furacão foi um jogador avaiano. O árbitro havia decretado que o jogo válido pela 19.ª rodada iria até os 48 minutos, mas pouco antes de erguer o braço e finalizar o duelo, Marcinho Guerreiro praticou falta violenta em Bruno Mineiro. Tal fato deu ao Atlético mais um minuto para decretar a vitória em campo inimigo.

O resultado foi de certa forma inesperado, como alguns jogadores do Furacão deixaram claro nos vestiários. Primeiro, pelo fato de que o Atlético jogou pelo menos dez minutos com um homem a menos, já que o defensor Leandro substituiu Nieto, permaneceu apenas seis minutos em campo, tomou dois cartões amarelos e, consequentemente, levou de brinde o vermelho.

Depois, pelos dois times terem sido acanhados em campo – principalmente na etapa inicial. Os catarinenses pareciam conformados com a quinta partida sem vitória, enquanto o Furacão se mostrava envolvido pela década sem roubar três pontos do Leão da Ilha.

No 1.º tempo, apenas três oportunidades foram criadas – sem chances perigosas de gol. Na etapa final, não mudou muito, embora os arqueiros de anfritriões e visitantes tenham sido responsáveis por certo frio na barriga dos torcedores.

O que mais se via em campo eram jogadores trombando, errando passes e perdendo a bola. Mesmo que os catarinenses tenham imposto um maior volume de jogo, o time do delegado Antônio Lopes não conseguiu deixar de ser dócil com a defesa atleticana. A única chance do Avaí ocorreu em uma falha do goleiro Neto, que foi rapidamente auxiliado por Manoel.

Da mesma forma que faltou agressividade aos donos da casa, os contra-ataques atleticanos pareciam não surgir. O ousado 4-3-3 do professor Carpa não conseguia surtir efeito na Ressacada.

Guerrón e Branquinho, responsáveis pela ligação nas jogadas, eram brecados pela zaga do Avaí, enquanto Maikon Leite e Federico Nieto, responsáveis por algo mais na linha de frente, ficaram apagados durante parte do jogo.

Foi então que a entrada de Bruno Mineiro foi decisiva. Pouco fez em campo, mas sofreu a falta de Marcinho Guerreiro, alongando a partida. E o tempo foi o necessário para que a estrela de Maikon Leite pudesse brilhar no Furacão, marcando o gol da vitória e mudando os planos do Atlético para o returno. Agora, a meta é a Libertadores.

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