Quando Atlético e Coritiba entram em campo, escreve-se uma página nova e completamente diferente da história do maior clássico do futebol paranaense. Às vezes, elas são complementares, como se fossem ?capítulos inéditos? de uma novela. No caso do jogo de hoje, às 16h, no Joaquim Américo, é mais ou menos isso.
No caso do Atlético, querendo ou não, a partida é uma chance e tanto para superar o trauma da perda do título paranaense em plena Arena. Para o Coritiba, é o momento de confirmar que tem o melhor time do Estado, certeza que se dissipou com maus resultados no Campeonato Brasileiro. Para ambos, a vitória é fundamental para não ficar afastado dos primeiros colocados na competição (o Coxa está 7 pontos atrás dos líderes, o Furacão 8).
E em um campeonato de pontos corridos, seja clássico, seja jogo ?comum?, todos valem 3 pontos e são importantíssimos. Em 2004, o Atlético empatou na Arena com o Coritiba por 1 a 1, numa partida que teve tudo para vencer. Foram 2 pontos perdidos, que certamente fizeram falta na reta final, quando a equipe lutava pelo título com o Santos. No caso do Coxa, pior – perdeu para os reservas do Furacão no Brasileiro/2005, 3 pontos que seriam suficientes para evitar o rebaixamento.
Tensão
Foto: Ciciro Back |
Já Roberto Fernandes, treinador do Atlético, só admite a vitória no clássico. |
Somando a necessidade de vencer com a importância intrínseca do jogo, pode-se imaginar a tensão que agita o clássico desta tarde. É certo que não há da torcida o mesmo frenesi de uma final de campeonato, mas para uma boa seqüência no Brasileirão, não há nada melhor que vencer o maior rival.
Caso o Atlético vença, o trabalho de Roberto Fernandes será valorizado, e uma possível crise se afastaria da Arena e, provavelmente, se instalaria no Alto da Glória. Caso o Coritiba vença, o time teria a tranqüilidade que precisa para embalar na competição, deixando a instabilidade para o outro lado.
Tanta coisa que se define em apenas 90 minutos.
E que dependem, exclusivamente, da capacidade de grandes jogadores como Edson Bastos, Galatto, Antônio Carlos, Jéci, Carlinhos Paraíba, Ferreira, Júlio César e Michael. É clássico. É Atletiba. É mais um domingo daqueles em Curitiba.
CAMPEONATO BRASILEIRO
1º Turno – 8ª Rodada
ATLÉTICO x CORITIBA
Atlético
Galatto, Nei, Antônio Carlos, Danilo e Márcio Azevedo, Valencia, Alan Bahia, Ferreira e Netinho; Júlio César (Willian) e Marcelo Ramos.
Técnico: Roberto Fernandes
Coritiba
Edson Bastos; Maurício, Jéci e Nenê; Alex Silva, Rodrigo Mancha, Leandro Donizete, Carlinhos Paraíba e Ricardinho; Michael (Marlos) e Cadu.
Técnico: Dorival Júnior
Súmula
Local: Joaquim Américo
Horário: 16h
Árbitro: Paulo César de Oliveira (FIFA-SP)
Assistentes: Roberto Braatz (FIFA) e Gilson Bento Coutinho