Denis e Fernandinho comemoram com Aloísio, autor de um dos gols da noite. |
Na primeira partida da era Kyocera Arena, o Atlético fez bonito e aplicou 5 a 0 em cima do Londrina, ontem, no fechamento da quinta rodada do campeonato paranaense.
Com o resultado, o Rubro-Negro voltou a liderar o grupo 2 da competição, em noite de Marcão, Alan Bahia e Fabrício. Após um primeiro tempo de dificuldades, o time se encontrou e jogou fácil para arrasar o Tubarão. O próximo compromisso do Furacão será o Malutrom, domingo, em São José dos Pinhais.
A promessa era se reabilitar da derrota para o América pela Copa Libertadores e mostrar um futebol digno do que a torcida espera do vice-campeão brasileiro. O time cumpriu em parte. Se por um lado foi o Londrina que teve a primeira oportunidade, quando Rodrigo cabeceou e acertou o travessão e a trave no mesmo lance, foi o Rubro-Negro quem mais procurou o jogo.
Com Fabrício e Fernandinho ainda sem o entrosamento necessário, o time demorou a engrenar. A torcida vaiou e parece ter mexido com os brios do presidente do conselho deliberativo, Mário Celso Petraglia, que saiu de seu camarote no pombal e foi cochichar algo no ouvido da comissão técnica. Parece que alguém viu em campo e a coisa mudou. Principalmente com a participação de Marcão. E que participação. Com moral com a torcida, ele é aplaudido até quando erra.
No entanto, quando acerta, o adversário que se cuide. Após escanteio, ele usou toda a raça que Deus lhe deu para roubar a bola na intermediária, passar por um marcador e entrar na área. A bola foi na medida para Alan Bahia apenas completar de cabeça. Um primor.
Na segunda etapa, Fernandinho e os laterais se soltaram mais e partiram para cima do Londrina. O próprio Fernandinho roubou bola na intermediária, foi à linha de fundo e cruzou para Aloísio completar com a marca do artilheiro. O gol desmontou o Tubarão, que só criava algo com Nem, mas perdeu Henrique, expulso, e ficou só atrás. O Atlético aproveitou a vantagem e foi para cima.
O time de Zezito continuou abusando das faltas e Marín agradeceu. Fazendo cobrança próximo da meia-lua, o colombiano mandou a bola com maestria no ângulo. Com 3 a 0 no marcador, o técnico Casemiro Mior poupou Aloísio e Baloy e experimentou Ticão (este se machucou e acabou saindo para Evandro entrar) e Jônatas. Virou ataque contra defesa e o guerreiro Fabrício conseguiu fazer o seu primeiro gol na temporada. E que golaço. Ele foi lançado pela esquerda e encobriu Vilson. Ainda deu tempo de Fabrício cobrar escanteio da direita e Alan Bahia só completar de cabeça para deleite dos mais de quatro mil presentes ao Joaquim Américo.
Contusão
Numa disputa de bola, o volante Ticão acabou se chocando com um adversário e sofreu uma luxação na clavícula esquerda.
CAMPEONATO PARANAENSE
1.a Fase 2.o Turno 5.ª Rodada
Loca: Arena da Baixada
Árbitro: Henrique França Triches
Assistentes: Ivan Carlos Bohn e Alberto Inácio da Silva
Gol: Alan Bahia aos 38 do 1.o tempo; Aloísio aos 2, Marín aos 17, Fabrício aos 43 e Alan Bahia aos 47 do 2.o tempo
Cartão amarelo: Alex, Gian, Aloísio, Cassiano
Expulsão: Henrique
Renda: R$ 43.212,50
Público pagante: 3.458
Público total: 4.663
Atlético 5 x 0 Londrina
Atlético
Diego; Danilo, Baloy (Ticão, depois Evandro) e Marcão; Jancarlos, Alan Bahia, Fabrício, Fernandinho e Marín; Denis Marques e Aloísio (Jônatas). Técnico: Casemiro Mior
Londrina
Vilson; Cassiano, Alex, Rodrigo e Fabinho (Juari); Gian, Edmílson, Henrique e Nem; Tiganá (Alex Paulista) e Ânderson (Nádson). Técnico; Zezito
Atlético ganha US$ 10 mi para mudar nome da Arena
São Paulo – O Atlético apresentou ontem, em São Paulo, a multinacional japonesa Kyocera como sua mais nova parceira. Além de ser a principal patrocinadora da camisa rubro-negra, a empresa também muda o nome do estádio do time: pelos próximos três anos, a Arena da Baixada será a Kyocera Arena.
É a primeira vez que um clube de futebol brasileiro arrenda o nome do seu estádio. Essa prática, comum nos Estados Unidos, é chamada de ?naming rights?, estratégia publicitária que dá direito a uma empresa de nomear um local ou empreendimento. Na temporada 2004, por exemplo, o New England Patriots, campeão da NFL, jogou no Gilette Stadium. O ginásio do Detroit Pistons, que venceu a temporada 2003/2004 da NBA, leva o nome da Warner Bros. Aqui no Brasil, o naming rights é usado em casas de shows, como as paulistanas Directv Music Hall e Credicard Hall.
?A idéia dessa mídia alternativa nasceu antes mesmo da reforma da Baixada. É uma maneira a mais de conseguirmos renda, que hoje vem da bilheteria, outros patrocínios e da televisão. Lamentavelmente, passamos seis anos procurando um parceiro?, disse o presidente do conselho deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia. A Baixada, ou melhor, Kyocera Arena, foi inaugurada em 1999 e é considerado o estádio mais moderno do Brasil.
O contrato de patrocínio, firmado por três anos e com possibilidade de renovação por mais dois, gira em torno de US$ 10 milhões, número que não foi confirmado pelas partes. Para a Kyocera, a parceria é uma forma de entrar no mercado brasileiro. A escolha do Atlético-PR, segundo Akihito Nasu, presidente para assuntos corporativos, foi a seriedade administrativa do clube.
?Esse foi um dos pontos mais atraentes para o negócio.? Uma delegação da empresa esteve em Curitiba em fevereiro, conhecendo todas as instalações do clube. Essa não é a primeira experiência de patrocínio no futebol.
A Kyocera apóia duas equipes: o Kyoto Purple Sanga, da segunda divisão da J-League, e o Borussia Moenchengladbach, da Alemanha, e já teve parcerias com o Independiente, da Argentina, e o Aston Villa, da Inglaterra.
Apesar da presença publicitária constante, não há participação da multinacional na gerência do clube. ?Quero deixar claro que a Kyocera é um parceiro institucional. A empresa está emprestando seu nome e pagando por isso?, enfatizou Petraglia. ?O departamento de futebol e administração do estádio continuam totalmente independentes.? O nome oficial do estádio, Joaquim Américo, também continua o mesmo. ?Estamos apenas vendendo o uso do nome fantasia.?
A parceria foi apresentada primeiro em São Paulo, sede da Kyocera. Hoje a apresentação acontece em Curitiba, no renomeado estádio.