Funeral de Wilson reúne familiares e amigos em igreja próxima a Silverstone

A ousadia e a determinação do britânico Justin Wilson foram lembradas nesta quinta-feira no funeral do piloto de Fórmula Indy, realizado em uma pequena cidade da Inglaterra, três semanas depois do seu acidente fatal durante uma corrida.

Mark Webber, ex-companheiro de equipe de Wilson na Fórmula 1, e Dario Franchitti, dono de três vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis, ajudaram a carregar o caixão, envolto pela bandeira da Grã-Bretanha, em uma igreja perto do circuito de Silverstone, na região central da Inglaterra. Centenas de pessoas lotaram a igreja enquanto alguns moradores de Paulerspury se reuniram nas suas proximaidades para ouvir o funeral, retransmitido por um alto-falante.

Um poema escrito pela esposa de Wilson, Julia, nos dias após a morte do marido foi lido durante o culto. “Não é justo que você tenha tido uma vida tão curta”, disse o poema. As duas filhas de Wilson – Jane e Jessica – também escreveram notas, lembrando do pai.

Wilson tinha 37 anos, quando morreu em 23 de agosto, um dia depois de ser atingido no capacete por restos de outro carro na etapa de Pocono da Indy. Ele venceu sete provas ao longo de 12 temporadas em campeonatos de monopostos, também tendo triunfado em uma edição das 24 Horas de Daytona. Além disso, competiu em 20 corridas de Fórmula 1 em 2003, antes de se mudar para os Estados Unidos para disputar a Champ Car. Ele terminou em terceiro na classificação da Champ Car em 2005 e foi vice-campeão em 2006 e 2007.

“Justin tinha talento em abundância”, afirmou o ex-piloto de Fórmula 1 Jonathan Palmer durante a cerimônia. “Suas habilidades de ultrapassagem eram incríveis e ele sempre conseguiu isso de forma limpa e justa”, completou.

Wilson também teve várias lesões durante a sua carreira, entre elas uma nas costas em 2011 e uma na pélvis em 2013, ambas fraturadas. “Nós sabemos que os perigos estão sempre lá”, afirmou Webber, companheiro de Wilson na Jaguar, na temporada 2003 da Fórmula 1, após o funeral. “Quando esses trágicos acontecimentos são mais perto de você é ainda mais difícil”, acrescentou.

A morte de Wilson renovou os alertas para uma maior proteção aos pilotos, incluindo a proposta de adoção de cockpits fechados, ainda mais que o acidente fatal ocorreu um mês depois do falecimento do francês Jules Binchi, vítima de um grave acidente em outubro de 2014 na Fórmula 1. “É inevitável (o cockpit fechado), vai provavelmente acontecer”, disse Webber.

Webber foi a Silverstone, acompanhado por Franchitti, após o funeral. As bandeiras britânica e norte-americana estavam a meio mastro no circuito onde a carreira de Wilson foi lembrada com vídeo e discursos.

Antes de Wilson, o último piloto a morrer após um acidente na Fórmula Indy foi Dan Wheldon, dono de duas vitórias nas 500 Milhas, em 2011, na última prova do campeonato, em Las Vegas.

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