A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) anunciou nesta quarta-feira que a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) suspendeu a atleta brasileira Simone Alves da Silva por cinco anos após dar positivo em exame antidoping realizado durante o Troféu Brasil de Atletismo de 2011, no dia 3 de agosto.
A fundista baiana testou positivo para a substância proibida Eritropoetina Recombinante, mais conhecida como EPO, um hormônio que aumenta a capacidade de transporte de oxigênio no sangue. Inicialmente, Simone Alves foi absolvida em dois julgamentos, da Comissão Disciplinar Nacional e no Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
Assim, a CBAt decidiu levar o caso de Simone Alves para a Associação Internacional de Federações de Atletismo, que o remeteu à CAS, que agora a puniu por cinco anos. O período de suspensão da fundista é retroativo ao dia 14 de outubro de 2011. Assim, com a punição de cinco anos, ela está proibida de competir até o dia 13 de outubro de 2016.
Simone Alves chegou a ser selecionada para representar o País nos Mundial de Atletismo de Daegu e nos Jogos Pan Americanos de Guadalajara, ambos em 2011, após ser campeã dos 5 mil e dos 10 mil metros do Troféu Brasil – quando bateu o recorde sul-americano, que já durava 18 anos – e conquistou o índice da prova. Posteriormente, alegou lesão para não competir na Coreia do Sul. Com a revelação do doping, ela foi excluída do Pan no México pela CBAt.
A atleta, de 28 anos, corria o risco de pegar uma séria punição, o que acabou acontecendo, e até ser banida do esporte. Em 2009, Simone Alves sofreu uma suspensão de 90 dias por ter consumido oxilofrina, outra substância proibida pela Agência Internacional Antidoping.