Um dos líderes do grupo do Fluminense, o atacante Fred falou nesta quarta-feira sobre a crise política que agita o clube desde a saída do técnico Muricy Ramalho e de Alcides Antunes, ex-vice de futebol. Ao contrário do que disseram diretoria tricolor e o próprio Muricy, alguns jogadores entraram em campo para o clássico contra o Flamengo já cientes de que aquela seria a última partida do treinador à frente do time.
“Eu soube no sábado que o Muricy sairia, mas não foi o grupo inteiro. Depois informei alguns jogadores, mas o Muricy não disse nada a ninguém. Depois que houve uma reunião no sábado, o presidente (Peter Siemsen) falou. A gente sabia o que estava acontecendo e se perguntava: `O homem vai sair amanhã?'”, contou Fred.
O atacante, que está liberado para voltar a jogar, recuperado de uma lesão na panturrilha esquerda, frisou que, no momento, o mais importante é a união de todos e pediu que o episódio seja superado rapidamente por conta da partida decisiva contra o América do México, quarta-feira, pela Libertadores.
“Já é difícil com todo mundo unido. Se começar cada um ir para um lado, vai ficar quase impossível. O grupo é fechado e consciente das suas responsabilidades”, disse Fred, que admitiu, porém, que a saída do comandante abalou o elenco inicialmente. “Não temos como negar que nos primeiros dias deu um baque, ficamos tristes por tudo o que se passou”.
Sobre a procura por um treinador, Fred reconheceu que há urgência em se achar um novo nome. Mas ponderou a escassez de técnicos de bom nível disponíveis e minimizou a necessidade que o time tenha de um comando definitivo para encarar o América, ressaltando a qualidade do elenco.
Além de Fred, o meia Deco também está recuperado de lesão muscular e os dois já podem fazer uma aparição contra o Boavista, neste sábado, pela Taça Rio. O preparador físico e técnico interino Ronaldo Torres ainda vai analisar ambos e decidir se os manda a campo no fim de semana em preparação para o confronto pela Libertadores.