Fred não deve ficar muito no Cruzeiro

Belo Horizonte – Com uma média impressionante de 1,54 gols por partida em 2005, o atacante Fred, do Cruzeiro, tornou-se a sensação do futebol mineiro no início desta temporada e sua transferência para um clube europeu já é encarada como uma possibilidade iminente. Como a filosofia dos dirigentes cruzeirenses é a de nunca perder um bom negócio, a discussão que ronda a Toca da Raposa é se o jogador será negociado no meio ou no final do ano.

Em 11 jogos pelo Cruzeiro neste ano, Fred já marcou 17 gols, sendo 11 no Campeonato Mineiro. Os três gols marcados contra o Valério, em Itabira, no último sábado, garantiram a ele a artilharia isolada da competição. Os dirigentes do Cruzeiro sustentam que até o momento receberam somente uma proposta oficial pelo atacante, imediatamente descartada. Um clube árabe, segundo a assessoria de imprensa cruzeirense, ofereceu US$ 1,3 milhão pelo empréstimo de quatro meses de Fred.

A princípio, a diretoria do Cruzeiro garantia que Fred não sairia do clube por menos de 10 milhões de euros. Mas diante do sucesso dele, os dirigentes concluíram que o melhor é não fixar um valor, na expectativa de propostas melhores.

Na semana passada, circulou a informação de que o milionário russo Roman Abramovich, dono do Chelsea, da Inglaterra, e do CSKA, da Rússia, estaria interessado na contratação do artilheiro cruzeirense, em parceria com o empresário português Jorge Mendes. Mas o clube mineiro não confirmou a notícia. E o vice-presidente de futebol, Zezé Perrella, após uma viagem pela Europa, admitiu apenas ?sondagens?.

Aos 21 anos, Fred diz que prefere não se envolver com as especulações e que está mesmo é concentrado na luta pelo seu primeiro título como profissional. ?Além disso, eu sonho com a seleção brasileira e se eu mantiver a média e conquistar campeonatos, a oportunidade será dada?, afirmou.

Gol relâmpago

Revelado pelas categorias de base do América-MG, Fred se transferiu para o Cruzeiro no segundo semestre do ano passado. O técnico Vanderlei Luxemburgo, enquanto dirigiu a equipe mineira em 2003 e o começo de 2004, nunca escondeu a admiração pelo seu futebol.

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