Fred é homem de confiança do técnico Luiz Felipe Scolari. E se mantiver o faro de gol e a disposição de continuar fazendo bem o seu trabalho, certamente estará com a camisa 9 da seleção na Copa do Mundo de 2014. Quando deixou sua marca diante dos ingleses, no dia 2 de junho, no Maracanã, as tevês mostraram Felipão se dobrar ao jogador, como quem também se orgulhasse por ter escolhido o atacante do Fluminense para comandar ser referência no time do Brasil.
Mas nem sempre foi assim para Fred. Esse prestígio todo ele nunca teve com Mano Menezes, o antecessor de Felipão, e ambos trocaram farpas por causa disso. O atacante nunca escondeu seus desentendimentos com o antigo treinador da seleção e nesta quarta-feira voltou a comentar que a dupla jamais daria certo. “O Mano não gostava de centroavante, e eu sou centroavante. E sei que tem gente aqui que também não gosta. Nunca escondi que não me dava com ele”, disse.
Fred lembra que tentou até onde deu, e não foi muito longe. “Para sair dessa polêmica, fui jogar no Fluminense e lá comecei a me dar bem em 2011 e depois a marcar muitos gols em 2012 e ser escolhido como o melhor jogador do Campeonato Brasileiro. Então, tinha de provar para o Mano que eu podia estar no time, mas nem sempre você consegue convencer a todos”, lembrou o atacante, que não conseguiu se firmar na seleção com o antigo treinador.
Fred leva hoje numa boa as desavenças que teve com o antecessor de Felipão, mas sabe que se ele continuasse no cargo poderia deixar de disputar mais uma Copa do Mundo – e essa é muito mais especial, porque será no Brasil. O atacante nem tem certeza de que estaria na Copa das Confederações que começa neste sábado, como titular absoluto do Brasil.
Bem humorado na entrevista coletiva desta quarta-feira, Fred chegou a brincar com sua situação na época de Mano Menezes. Disse que não era fácil agradar. “Quando você marcava gol, mas não corria em campo, diziam que você era um centroavante paradão. Quando você corria o tempo todo, mas não marcava, cobravam a falta de gol e diziam que o centroavante só sabia correr, mas que era meio ‘burro'”, afirmou. Ele ressaltou que, com o tempo, o jogador entende melhor o que precisa fazer em campo. “E o meu objetivo é fazer gols. Só esse. Prefiro finalizar meia vez e marcar um gol do que chutar três ou quatro bolas e não balançar as redes.”