O 15.º colocado do grid para o GP do Brasil de Fórmula 1 neste domingo, em Interlagos, ganhou bastante atenção neste sábado no paddock assim como os favoritos para ganhar a prova. O único francês da categoria, Romain Grosjean, da Lotus, exibia uma bandeira do país na faixa preta colocada no braço esquerdo e bastante procurado pelos jornalistas, admitiu a dificuldade em superar o susto pelos atentados em Paris e se concentrar na corrida.

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“Não é a situação ideal e nem o melhor que podemos falar, mas por outro lado o que tenho a dizer é que quando se está no carro, é um esporte perigoso e exige ser focado no que se está fazendo. O melhor que posso fazer é tentar dormir bem e descansar bastante”, explicou o piloto. Grosjean se tornou o único francês da categoria depois do acidente fatal do compatriota Jules Bianchi, no ano passado.

As ações terroristas na capital francesa na noite de sexta-feira tiveram repercussão na Fórmula 1. Vários pilotos publicaram nas redes sociais mensagens de apoio ao país. A organização da prova vai realizar uma homenagem antes da corrida, ao pedir um minuto de silêncio em sinal de luto. O presidente da FIA, o francês Jean Todt, afirmou neste sábado que a entidade deve promover outras ações em memória dos mais de 100 mortos.

Grosjean afirmou estar bem abalado e espantado com a extensão dos ataques em Paris. “O que se passou ontem (sexta-feira) foi algo muito grave com os ataques terroristas. O que houve foi de grandes proporções e pode acontecer em todos os lugares do mundo. Não queremos ver isso”, disse. O francês faz em Interlagos a penúltima prova pela escuderia, pois no ano que vem vai guiar pela nova equipe, a norte-americana Haas.

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O patriotismo exibido na bandeira no braço esquerdo faz o piloto sonhar com outra possível homenagem neste domingo. “O melhor que posso fazer é levar a bandeira francesa para o pódio. Será difícil, mas o jeito é tentar correr e torcer para que tudo volte ao normal o mais rápido possível”, afirmou. Nesta temporada, Grosjean subiu apenas uma vez ao pódio, quando terminou em terceiro lugar no GP da Bélgica, em agosto.