| Ricardo Ribeiro / VipComm |
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| Caminhão de André Azevedo, que venceu a décima etapa do Rali Dakar 2003. |
O navegador francês Bruno Cauvy morreu ontem depois de sofrer um acidente na décima etapa do Rali Dacar 2003, entre Zilla e Sarir, uma base petrolífera no meio deserto da Líbia. Ele e o piloto Daniel Nebot capotaram com um Toyota na metade dos 527 quilômetros cronometrados.
Um helicóptero médico chegou ao local 27 minutos depois de ser avisado. O estado de Nebot é considerado satisfatório. A boa notícia do dia foi a vitória de André Azevedo, da equipe Petrobras Lubrax, na categoria caminhões do Rali Dacar, um excelente resultado para o Brasil. Foram 521 quilômetros cronometrados e André completou o percurso em 4h54m04s. Ele mantém a terceira posição na classificação geral acumulada da competição desde a largada, dia 1.º de janeiro.
A prova ontem foi de alta velocidade pelo deserto, praticamente em linha reta. No meio do caminho os competidores atravessaram dunas. “Esse é um resultado muito importante para a equipe brasileira, que está indo bem na competição”, comemorou André na chegada a Sarir ao lado dos checos Tomas Tomecek e Mira Martinec, os outros dois ocupantes do caminhão da Petrobras Lubrax. Os russos Vladimir Tchaguine e Firdaus Kabirov, do time oficial da fábrica Tatra, ficaram em segundo e terceiro na etapa de ontem. Nas motos, Jean Azevedo, irmão de André, garantiu o segundo lugar na categoria motos Production e aparece em sétimo na geral. Na classificação acumulada, ele continua na quinta posição. O sueco PG Lundmark acelerou forte e terminou em primeiro.
O líder no geral continua sendo o francês Richard Saict, que terminou a etapa em terceiro. Ele agora tem uma vantagem de 11min03s sobre Cyril Despres, o segundo. Em terceiro vem o italiano Fabrizio Meoni, 37min34s atrás do líder.
Klever Kolberg e Lourival Roldan, de Mitsubishi Pajero Full, ficaram em quarto na categoria Super Production Diesel e em 21.º entre todos os carros. Na geral, o japonês Hiroshi Masuoka, com o novo Mitsubishi Pajero Evolution, pisou fundo para fazer o melhor tempo. Num dos pontos do deserto, onde a organização media a velocidade dos veículos, ele passou a 186 km/h.
Na etapa de ontem os competidores não puderam usar GPS, aparelho eletrônico que mostra a localização exata com a ajuda de satélites.
O rali prossegue hoje com a 11.ª etapa. Serão 438 km cronometrados, entre as cidades de Sarir, na Líbia, e Siwa, já no Egito, onde a competição termina no próximo dia 19.
Na nona etapa do Rali Dacar 2003 o piloto de motos brasileiro Jean de Azevedo (KTM) chegou em terceiro lugar, disputada na sexta-feira, na região entre Shaba e Zilla (leste da Líbia) numa especial de 567 quilômetros de um percurso de 585 quilômetros.
Este resultado lhe permitiu ficar na quinta posição da classificação geral, a pouco mais de 50 minutos do líder do ranking, o francês Richard Sainct (KTM).
O finlandês Ari Vatanen (Nissan), piloto de carro, e Richard Sainct (KTM), de moto, foram os destaques desta etapa. Vatanen chegou antes de Jean-Pierre Fontenay por uma diferença de 7 segundos e de Stéphane Peterhansel por 1 minuto. Este último, no entanto, continua como líder da classificação geral.
Peterhansel aumentou sua vantagem sobre Masuoka, vítima de seis batidas na jornada, e terminou em sétimo na etapa, fazendo um tempo de 16 minutos e 52 segundos, enquanto o belga Grégoire De Mevius fez 1h 09 min 50).
Nas motos, Richard Sainct ganhou a etapa e ao mesmo tempo recuperou a liderança da classificação geral da competição na frente de Meoni, segundo na etapa, e de Cyril Despres.
O espanhol Nani Roma, terceiro na largada, teve de abandonar a corrida em conseqüência de uma queda no quilômetro 131 da especial. Ele sofreu um leve traumatismo craniano e sentia dores nas vértebras lombares. Roma foi levado num helicóptero até o ponto de partida da prova antes de ser transportado para Zilla.