Os serviços de inteligência do Brasil receberam dados sobre os atentados em Nice de autoridades francesas e irão agora adequar os planejamentos para os Jogos Olímpicos com base nas novas informações. Nesta quinta e também na última quarta-feira, o diretor de Contraterrorismo da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o oficial de inteligência Luiz Alberto Santos Sallaberry, esteve em reuniões em Paris para aproximar as cooperação entre Brasil e França.
“Viemos reforçar nossa cooperação e tivemos um atentado em Nice. Isso gera uma série de modus operandi novos e que interessa aos órgãos que estão fazendo o enfrentamento do combate ao terrorismo”, disse Sallaberry. “Os planejamentos estão prontos e robustos. Mas alguns pequenos ajustes podem ser feitos. Viemos ver a expertise e levar informações para que as autoridades possam tomar decisões”, explicou.
A delegação brasileira ainda contou com o coordenador de Análise e oficial de inteligência Ronaldo Zonato Esteves, e coordenador-adjunto do Centro Integrado Antiterrorismo, o delegado da Polícia Federal Camilo Graziani Caetano Paes de Almeida. “Viemos trazer a mensagem da necessidade de ampliar a cooperação neste momento e buscar expertise”, disse.
Segundo Sallaberry, o volume de informação coletada pelo Brasil “é muito grande”. “Vamos pensar sobre as informações que recebemos”, indicou, garantindo que os ajustes podem podem ocorrer antes do início dos Jogos. “Saímos daqui com informações especialmente importantes para o trabalho de inteligência”, disse.