Foto: Valquir Aureliano

Moura, no centro, comandou a reunião do arbitral. Na foto abaixo, Lourival Furquim, do Paranavaí, recebe o título de campeão do interior.

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Todas as polêmicas criadas em volta da interpretação do Regulamento do Estadual 2007 foram dizimadas na manhã de ontem, durante o arbitral realizado na sede da Federação Paranaense de Futebol – FPF – e que envolveu os quatro clubes semifinalistas. Após uma hora de reunião, ficou decidido que será mantido o texto contido no adendo emitido pela FPF em 4 de abril. Assim, Coritiba e Paraná terão a vantagem de jogar por dois empates, ou vitória e derrota por placares idênticos. O Atlético – clube que não concordava com a interpretação dada pela federação e também requeria árbitros de outros estados para apitar seus jogos – foi voto vencido em suas solicitações. A ?única? vantagem garantida pelo Rubro-Negro foi a de mandar o segundo jogo da semifinal – contra o Paraná, na Baixada.

De acordo com o diretor desportivo do Atlético, Marcos Moura Teixeira, o clube gostaria que árbitros de fora apitassem seus jogos. ?Em nenhum momento colocamos em questão a parcialidade ou qualidade da arbitragem.

O pedido foi mais no sentido de preservar, mas não teve aceitação?, explicou Teixeira. Segundo ele, o Atlético entende que os árbitros do Estado estão perfeitamente qualificados para apitarem jogos da fase final da competição. ?São árbitros Fifa e temos plena confiança de que não haverá problemas?, finalizou.

O Paraná, adversário do rubro-negro, se posicionou a favor da escolha de árbitros do Estado para apitar as fases finais. De acordo com o vice-presidente José Domingos, o clube tinha a posição do cumprimento do regulamento (adendo) e ?isso foi respeitado?. Quanto ao sorteio do Evandro Rogério Roman como árbitro da partida, o dirigente paranista disse se tratar de um profissional competente, do quadro da Fifa. ?Nos jogos que atuou com a presença do Paraná sempre teve boas atuações. Acreditamos que será um bom condutor para o clássico de domingo?, analisou.

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O problema da arbitragem também foi comentado pelo presidente do Coritiba, Giovani Gionédis. Ele afirmou ser contra trazer árbitros de outras federações para apitar jogos do Estado e disse acreditar que a arbitragem de fora não resolve os problemas de arbitragem. ?Existem erros em todo o país e também no exterior. Não adianta ficar reclamando da arbitragem. Tem que aprimorar?, explicou. Para Gionédis, os árbitros têm se mostrado bem (no campeonato). ?Hoje é fácil criticá-los quando se tem recursos da televisão, como replay – reprisar a jogada, câmera lenta e computador. Mas o árbitro tem que tomar decisão na hora?, finalizou.

Furacão queria mesmo critério da final na semifinal

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Um dos questionamentos feitos pelo Atlético à Federação foi quanto à possibilidade da semifinal do campeonato ser disputada com os mesmos critérios que a final. De acordo com o diretor desportivo do clube, Marcos Moura Teixeira, o regulamento do campeonato prevê que a final terá prorrogação e pênalti, mas do jeito que foi decidido pela federação – através do adendo, o Paraná terá a vantagem de jogar por dois resultados iguais, mesmo sendo 2.º colocado no seu grupo. ?Na reunião contestamos (o adendo), mas havia prazo para que isso pudesse ser contestado. Em termos de valorização do campeonato seria correto utilizar um critério até a final ou trazer o critério da final para a semifinal?, explicou.

O tradicional rival do Furacão comemorou a permanência do adendo feito pela FPF que lhe dá as maiores vantagens da fase semifinal. Contra o Paranavaí, o Coritiba jogará por dois empates para se classificar e também poderá decidir a vaga atuando no Couto Pereira. ?O regulamento não é dúbio. O regulamento desse ano e do ano passado é igual (sic). A única diferença é que o time melhor colocado (ano passado) não levava a vantagem de resultados iguais. Era injusto. Então ficou acertado que, na semifinal do próximo campeonato, valeria para critério de desempate, a melhor classificação. Isso foi esquecido de ser colocado no regulamento deste ano e o adendo foi para isso?, explicou.